domingo, 7 de setembro de 2008

Do Tocantins para o Mundo





E o rock no Tocantins não pára em 2008. As bandas estão mais maduras, bem articuladas e mais independentes de fato. Confira as principais atividades das bandas nas notícias abaixo.

A maior surpresa nessa semana foi a divulgação do projeto da banda Albion de gravar seu primeiro cd. Através de seu produtor executivo Melck Aquino, que conseguiu a proeza de levar a banda Mestre Kuka ao Rio de Janeiro e com turnê marcada em Portugal, a banda Albion viajará para São Paulo em dezembro para gravar seu cd intitulado provisoriamente “All Be One”, que contará com a participação e produção musical de Heraldo Paarmann, ex-guitarrista do Ultraje a Rigor. Para saber mais, clique aqui.

 

A banda palmense Engenho Novo, que após muitos ensaios está prestes a estrear nos palcos, acaba de gravar e disponibilizar sua primeira música chamada Amuleto aqui no Nausearréia através desse link. Essa é a primeira de uma série de três músicas que vão compor a primeira demo oficial, que tem como objetivo a divulgação para festivais. Para saber mais sobre a banda, clique aqui.

 

E retribuindo à invasão de bandas goianas que sempre acontece nos festivais tocantinenses, a Baba de Mumm-Ra e a Mata-Burro participam de festivais em Goiânia e Trindade nesse final de semana. A banda do Porkão, que está em fase de produção do seu primeiro cd/dvd oficial, tocará no festival Vaca Amarela na mesma noite dos paulistanos dos Forgotten Boys, e em Trindade tocarão com a Mata-Burro e bandas goianas que já tocaram em Palmas como Mortuário e Just Another Fuck.

 

Essas não são as únicas bandas com agenda fora do estado. A Boddah Diciro e o Meu Xampu Fede (sim, eles voltaram!) também estão com presença confirmada em festivais goianos. A Boddah voltará a Goiânia pela segunda vez no ano e tocará no Barbarella Music Festival, no dia 4 de outubro. O Meu Xampu Fede está confirmado para tocar dia 14 de novembro em Goianésia, e no dia seguinte na capital goiana.

 

Em Araguaína, a banda Territorial está envolvida em dois projetos. Após a gravação das 10 músicas que compõem o cd intitulado ‘Pernil’, eles estão em campanha para arrecadar grana suficiente para viabilizar a prensagem do cd físico. Caso queira ajudá-los, entre em contato com a banda através do orkut. Enquanto isso, você pode ouvir e baixar todas as músicas aqui. O outro projeto da banda é um evento idealizado por eles chamado Volume, que terá sua primeira edição no próximo dia 13, e vai trazer apenas uma banda como atração, nesse caso a própria Territorial, mas terá um espaço chamado Microfonia, com violão e microfone a disposição de quem estiver afim de tocar. A idéia é que o evento se torne quinzenal ou mensal com outras bandas se apresentando. Mais informações aqui.

 

Seguindo a onda de profissionalização entre as bandas tocantinenses, no momento as bandas Stiff (Miracema), Corell (Palmas) e Clamor (Araguaína) se encontram em estúdio gravando suas demos.

 

Para finalizar, deixo o aviso que a banda tocantinense de reggae La Cecília está concorrendo na categoria ‘Revelação’ ao maior prêmio da música independente nacional, o Prêmio Dynamite. Não é rock, mas vamos ajudar mais uma banda tocantinense a se destacar no cenário nacional. Para votar, clique aqui.

 

 

Por Daniel Bauducco

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

1° Burrada Festival exalta bandas locais


Noite de sexta-feira, dia 29 de agosto. Na capital tocantinense, a banda Mata-Burro reúne mais cinco bandas amigas, chama alguns outros amigos como voluntários e divulgam pela internet. Assim foi organizada a primeira edição do Burrada Festival, realizada no Tendencies Music Bar, e que contou além da banda idealizadora do evento, com Meros-Berros (Miracema) e as palmenses Corell, Críticos Loucos, Albion e Boddah Diciro. Ingressos a preços populares, entre 3 e 4 reais.


Com o tradicional atraso dos shows realizados em Palmas, um pouco antes da meia-noite subiu ao palco a banda Meros-Berros, que tem em sua formação o organizador do Agosto de Rock, o veterano do rock Cássio Cerqueira. A banda tocava seu punk rock oitentista com influências de Inocentes, Cólera, Ramones e até mesmo Pixies. A participação deles atraiu o público da cidade de Miracema ao evento, e despertou a curiosidade na maioria do público local.


Em seguida, foi a vez do Corell mandar seu hardcore para a galera ficar feliz em rodas. Prestes a gravar sua primeira demo, a banda está muito bem ensaiada atualmente, e o show contou com a participação de integrantes de algumas bandas, como o Magoo do Meu Xampu Fede, Alan da Críticos Loucos, e serviu como saudosismo em homenagem à época em que os eventos da Zoe eram realizados na feira da 304 Sul.


É chegada a vez da banda mais técnica do som pesado tocantinense, Críticos Loucos. E a não ser quando eles são prejudicados pela qualidade do som no local como foi no TO.M.E., fica cada vez mais fácil para eles fazerem um bom show. Única banda em atividade no estado com o cd gravado, eles ficam soltos no palco pra tocarem as músicas conhecidas pela galera, Sono da Morte e Carta aos 26.


Então, os donos da festa entraram com o jogo ganho. A Mata-Burro mostrou toda a energia que eles possuem no palco, aliada às letras de protesto e ironias. O deboche já começa pela grande presença de palco ser do pequeno vocalista Ithalo. O show também contava com a estréia de Hugão (Corell) substituindo o vocalista Remo, que por motivos pessoais mudou-se temporariamente de Palmas. Sobre essa mudança, a princípio considero que o Mata-Burro ganhou em presença de palco, já que o Hugão não pára um segundo, por outro lado, a voz do Remo é mais marcante e possui um contraste melhor com a voz do Ithalo. E o show ainda teve alguns problemas técnicos com os microfones dos dois.


Com a galera já batida, a renovada banda Albion sobe ao palco por volta das 3hs. A banda mostrou que evoluiu muito tecnicamente, mas o forte de seu repertório continua sendo os covers, que aliás foram muito bem em Hysteria (Muse) e Semáforo (Vanguart). Em uma de suas músicas autorais, a única em português, eles parecem uma cópia de Cachorro Grande. Somado ao cansaço pelo horário, o bar se esvaziou, e somente alguns indies ainda se divertiam dançando em frente ao palco.


Restou à Boddah Diciro fazer seu show às 4hs da manhã só pra cumprir tabela. Pois muita gente tinha que trabalhar ou estudar na manhã seguinte, e o pessoal da Boddah, como bons profissionais que são, cumpriram com aquilo que haviam se comprometido. Uma pena.


O festival teve um público de aproximadamente 200 pessoas, e conseguiu cobrir as despesas, segundo o baixista da Mata-Burro, Bento Phyhy. E serviu como exemplo às bandas da cidade, que não precisa ficar aguardando convites de festivais pra tocar, dá pra se organizarem corporativamente e levar público aos shows somente com bandas locais. Basta força de vontade e correr atrás!


Por Daniel Bauducco