6° Tendencies Rock Festival: Entrevista com NAHTAIVEL - PR

De volta com mais uma entrevista da Série “6° Tendencies Rock Festival”, hoje a entrevista é com Fernando NAHTAIVEL, um show que promete assustar o “público despreparado” da 3° Noite do evento (25/04). Vindo de Curitiba-PR, o músico manda uma mistura de Industrial, Black Metal e Dark Electro, que sem dúvida nenhuma, será uma atração de peso para a noite do dia 25 de Abril.

Confiram as influências, um pouco da história do projeto, e também um pouco do novo cd “Killer Speaks”, lançado pela Wave Records, nessa entrevista com um nome consolidado na cena industrial nacional.

Nausearréia: Fala ai Nahtaivel, antes de montar esse novo projeto você já passou por outras bandas e tal, cita algumas delas (se puder passar os links), e fala como e quando teve a idéia de montar o projeto solo?

Nahtaivel: Olá Ithalo, primeiramente muito obrigado pela oportunidade!

A idéia de montar o Nahtaivel venho da vontade de fazer uma música eletrônica de forma agressiva e obscura. Que funcione tanto para ouvir individualmente ou na pista, e que seja baseado em melodias tétricas e não somente em percussão e efeitos sonoros como muitos projetos são.

Sobre as bandas que já passei, eu tenho uma banda de black metal chamada Insane Devotion, a banda está a alguns anos parada, mas temos planos de lançar novos trabalhos no futuro. Inclusive temos nossos 2 trabalhos inteiros disponíveis para download na página www.insanedevotion.com.br

E gravei e toquei ao vivo com diversas outras bandas de metal, como Reverence, Evilwar,  A Tribute to the Plague e Doomsday Ceremony. No momento estou gravando teclados para o novo trabalho do Doomsday além de novas composições para o Nahtaivel.

Nausearréia: Os sons têm uma pegada extramente pesada e o vocal também é bem sujo lembrando muito a sonoridade do Black Metal, essa fusão eletrônico/metal acaba causando realmente sentimentos caóticos no sensor auditivo rs. Quais as principais influêncies, e do que falam as letras?

Nahtaivel: Neste último cd, Killer Speaks, falo principalmente de sentimentos que levam alguém a cometer uma chacina e suicídio, como várias que ocorrem em universidades, shoppings, trabalho, etc... As letras abordam as frustrações e o ambiente que podem levar alguém a tomar uma atitude extrema como esta. A maioria das letras, o título e o conceito visual do cd são baseados neste princípio. Mas há letras sobre outros assuntos também ligados a violência.

Quero desenvolver um trabalho bem original, mas também acabo absorvendo influência de tudo que ouço. Acho que o que fica mais evidente é o black metal, e bandas eletrônicas como Frontline Assembly, Skinny Puppy e Depeche Mode. Também escuto muita música clássica de compositores como Mahler, Stravinsky, Liszt, Chopin, Villa-Lobos, etc...

Nausearréia: Então velho, como foi a produção do cd “Killer Speaks”, esse que já é o teu terceiro trabalho, mas o primeiro lançado em cd físico, qual a principal diferança desse trabalho, para os outros discos virtuais anteriores? Onde a galera consegue adquirir o trampo, e também os links pra ouvir os discos anteriores?

Nahtaivel: O cd foi inteiramente gravado e composto em meu estúdio, no espaço de um ano. Ele foi lançado pela gravadora brasileira Wave Records, que está me dando um grande apoio, assim como também a outras bandas e a cena brasileira em geral. O cd pode ser adquirido entrando em contato comigo (nahtaivel93@hotmail.com) ou com a Wave Records. Também está disponível samples do Killer Speaks, e meus dois álbuns completos anteriores na página do Nahtaivel: www.nahtaivel.com

Acho que a principal diferença deste álbum para os anteriores é que ele é mais agressivo, diversificado e maduro. Nele meu estilo está mais seguro e evoluído. Acho que ele é melhor em todos os aspectos aos trabalhos anteriores que lancei somente em formato virtual como Nahtaivel.

Nausearréia: Como que ta a consolidação da cena que engloba a mistura do metal com eletronico no Brasil, os lugares e festivais que rola mais esse estilo de som? Aproveita e já manda os que tu tocou e os que deseja tocar.

Nahtaivel: Eu acho que o cenário EBM e Industrial tem muito a crescer ainda no Brasil, temos ótimas bandas, como Pecadores, Enger, Hatech, Magnamater, Euphorbia, Mecanotremata etc... E os locais para shows estão aumentando. Mas ainda faltam publicações e lojas dedicadas ao gênero, o público em muitas cidades ainda é pequeno, e há poucos promotores que fazem festas periodicamente.

Eu toquei várias vezes em Curitiba, em três edições da festa Bio Dementia, nas duas edições do Industrial Noise Festival e em uma edição da Cyberdelic produzida pela Metropolis Project. Também toquei em Caxias do Sul/RS, Porto Alegre/RS e abri o show do Project Pitchfork em São Paulo/SP.

Espero tocar cada vez mais por todo o Brasil, e será uma grande honra estar pela primeira vez no norte de nosso país.

Nausearréia: Aqui no Tocantins ta rolando uma tentativa de divulgar toda a versatilidade do rock, na edição passada do Tendencies Rock Festival teve a presença do Pecadores de SP, também de Industrial, um grande show que engrandeceu o festival, e que também despertou um certo temor em algumas pessoas presentes. Qual a reação você espera causar no público do Tendencies Rock?

Nahtaivel: Falei com o pessoal do Pecadores, e eles falaram que foi ótimo tocar em Palmas! O que me deixou mais ansioso para o show.

Espero que todas as pessoas que apreciam formas extremas de música gostem do show. E espero também que algumas pessoas que gostam de outros estilos comecem a se interessar pelo EBM e Industrial.

Pela diversidade de estilos que tocarão no festival, não me espantará ver que algumas pessoas ficarão chocadas com a música e performance.

Nausearréia: Aproveitando a pergunta anterior, qual a tua opnião sobre os festivais que tentam mesclar os diversos seguimentos do rock, vantagens e desvantagens?

Nahtaivel: Eu acho ótimo. Pois abre espaço para pessoas que não conhecem um estilo musical passem a conhecê-lo. E também gera um intercâmbio entre as cenas. Não vejo desvantagens, a não ser que haja misturado estilos que não enxerguem a música como arte.

Nausearréia: Valeu pela entrevista, sem dúvida foi uma grande ajuda para o blog, para o festival e também para o underground tocantinense! Aproveita esse último espaço pra falar mais alguma coisa além, um recado, qualquer coisa, pode xingar e falar mal, não vai ser cortado na edição rsrs.

Nahtaivel: Mais uma vez muito obrigado pela oportunidade. Estou muito ansioso para o show. Nunca toquei no norte e será ótimo conhecer novas pessoas e a cidade de Palmas. Espero que gostem do show e que seja um ótimo festival para todos!

Contato: nahtaivel93@hotmail.com

Assista um pouco do que vem por aí: 

Por Kid Kodó

MATA-BURRO GRAVA CD EM BRASÍLIA

A banda Mata-Burro estará em Brasília, a partir do dia 9 de abril, gravando seu primeiro CD. O trabalho deverá conter 15 faixas, todas autorais, com letras de protesto e denúncia. Para este trabalho, o estilo musical punk/hardcore do início do grupo ganha mais velocidade e peso com mais pegadas de Thrash Metal, Death, Grindcore e Rap.
A produção da bolacha fica sobre a responsabilidade de Phú, produtor e baixista fundador da banda Macakongs 2099. Em seu vasto currículo consta a produção de grupos de renome nacional, como D.F.C. o próprio Macakongs e várias coletâneas.
O trabalho, que possivelmente se chamará “FÉ, DINHEIRO E DESCASO”, ainda não tem data para ser lançado, mas a banda aguarda com expectativa a conclusão do processo de gravação e produção. A intenção é lançar até agosto deste ano.
Confirmado em vários Festivais do Estado, entre eles o 6º Tendencies Rock Festival e o 5º PMW Rock Festival, o grupo divide seu tempo entre ensaios e a pré-produção do CD. “No rock é assim, a gente toca o sino, acompanha a procissão e ainda xinga o padre”, relata Kid Kodó, vocalista do Mata-Burro, sobre as dificuldades de produzir um CD independente.
O Mata-Burro completou dois anos de existência dia 8 de março. Nestes dois anos de carreira o grupo acumula em sua bagagem dezenas de apresentações no Tocantins e em vários outros estados, como Goiás, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso e no Distrito Federal, além de uma CD Demo contando com a participação de José Mojica Marins (o Zé do Caixão). Atualmente, o Mata-Burro é formado por Kid Kódo nos vocais, Tubarão e Carniça nas guitarras, Bento no baixo e Magrelo na bateria.

Veja uma das músicas da nova fase da banda tocada ao vivo em Gurupi neste ano: 

Fonte: Comunidade Oficial do Mata-Burro

6° Tendencies Rock Festival: Entrevista com Derci Gonçalves - PA

É isso ai galera roqueira de todo o Tocantins, um dos maiores festivais direcionados a nossa cultura está chegando e vai trazer atrações de peso superando ainda mais as edições passadas. Pensando nisso o blog Nausearréia (ainda com acento desrespeitando a reforma ortográfica), como um dos comunicadores independentes da cena, bolou uma série de entrevistas com as bandas que vão marcar presença no 6° Tendencies Rock Festival.

A primeira banda a entrar nessa onda, é o Derci Gonçalves que foi escolhida por mim mesmo para estrear esse novo projeto do Nausearréia, ela que vem das profundezas de Ananindeua, Pará, e toca aquele típico Rock Paulera que só os ouvidos menos apurados conseguem ouvir e gostar. Com um Hardcore Powerviolence, misturado com Grindcore e Death Metal, vai ser a segunda banda a subir no palco da 3ª noite de festival, resumindo um som rápido e bem brutal, que promete arrasar os corações apaixonados no pogo.

Vamos ao que interessa, confiram agora nossa conversa com Kaká, vocalista do Derci:

Nausearréia: Kaká desde que ano vocês tão na ativa com o Derci Gonçalves, e de onde surgiu o excelente nome?

Kaká: Estamos na ativa desde o final de 2005, e esse nome foi o Felipe(baixo) que deu a ideia, pois geralmente as bandas que tocam Power violence tem nomes bem sarcásticos, e também somos muito fãs de bandas como Charles Bronson, George Harinsom, Chuck Norris e etc... Esse nome é bem diferente também.

Nausearréia: A banda já passou por mudanças na formação? Fala ai quais foram e qual a formação atual?

Kaká: Sim, pois a banda desde o começo sempre foi eu(Kaká), Fellipe e o Izan, uma vez sentimos a necessidade de chamar alguém pra banda ficar mais solta, daí chamamos o Rafael um grande amigo nosso, só que em um dos nossos concertos a juventude deixou o rapaz nu no palco , e ele saiu fora da banda hahaha. Então pra substituir ele chamamos o Betinho. Daí a banda ficou KAKÁ-VOCAL / FELLIPE-BAIXO / BETINHO-GUITARRA / IZAN-BATERIA.

Nausearréia: As músicas assim como o nome da banda levam a “um lado bem humorístico”,como “Stalone Broxa” e “Queime seu pôster da Silvia Saint”, quais os temas mais abordados nas belas canções?

Kaká: Quem se interessar me escreve aí que eu mando as letras de boa. Mas o que posso dizer é que são muito variadas e mais idiotas possíveis.

Nausearréia: Quais os trabalhos já lançados e como a rapaziada consegue adquiri-los? Tem projeto pra lançar alguma coisa nova esse ano?

Kaká: Split DERCI GONÇALVES x F.O.M.I (2006)

Split sinfonia da desgraça c/ abravanel,chuck Norris,rabujos e death mold(EUA).(2007) E para esse ano nosso 1° cd que vai se chamar “A POLITICA DOS INTERESSES CAMUFLADOS”.

Nausearréia: Conta pra galera como ta o esquema da Turnê, e as expectativas para os dois shows que vão rolar aqui no TO? (pra quem não sabe vai rolar Derci também em Araguaína, organizado pela rapaziada do Mucosa Anal)

Kaká: Expectativa total bixo! Conheço porra nenhuma daí mano. Mas creio que todos os picos que agente vai tocar seja foda. Espero que tudo dê certo.

Nausearréia: Fala ai quais as principais influências para o som da banda (cinco sons nacionais e cinco internacionais).

Kaká: Vou falar por mim. Falar pelo resto é bronca na certa. Tento chupar: DER,HUTT,ARE YOU GOD?, LIFE IS LIE, FLASH GRINDER, MAGRUDERGRIND, YACOPSAE, NAPALM, NASUN e BRUTAL TRUTH.

Nausearréia: Vamos fazer um lance da hora agora, aproveita o espaço aqui pra divulgar umas bandas de respeito ai do Pará, coloca link de myspace, orkut, bandas de garagem qualquer uma dessas bosta.

ESCARNIO

CRIATURAS DE SIMBAD

LICOR DE XORUME

MORTE SUICIDA

BAIXO CALÃO

RENNEGADOS

DELIQUENTES

Belém tem banda boa pra caralho,não consigo me lembrar de todas agora, mais entre em alguma dessas aí que deve ter link ao lado pra mais e mais. Queria até deixa uma observação daqui do seguinte: a cena hardcore daqui é a mesma coisa dos outros lugares do mundo, às vezes é uma merda, às vezes é legal, bandas boas, o que fode aqui é a falta de lugar pra tocar(que nem em milhares de lugares do mundo), e a distância dos outros estados que dificulta muito que as bandas de fora cheguem com mais facilidade aqui, mas vamo agüentando a trancos e barrancos, né?

Nausearréia: Valeu pela entrevista arrombado e estamos esperando a bagaça aqui. Pode aproveitar esse último espaço pra falar o que quiser, grande abraço e até o 6° Tendencies Rock Festival!

Kaká: Então, quero dizer que se você ver agente aí na sua área,cole na nossa banquinha, compre cd,camisas e etc.. a gente num tem um puto no bolso hahahaha...qualquer ajuda é valida, hardcore é isso né bixo.... a gente num fica pagando de estrelinha e nem de bunitinhos por alguns fatos que acontece com nóis....pra gente banda e público é a mesma merda beleza?

E também se der pague uma cerveja eu agradeço ^^.

Esperamos que os shows sejam muito legais.

Um abraço a todas as pessoas envolvidas nas nossas paradas, a gente se ver por aí, se tiver dúvida consultem nosso myspace, Lá tem as infos dos shows.

O role num pode parar!

Abraços a todos.

Para ouvir:
http://www.myspace.com/dercigoncalves

Para assistir:
Voadeira ThrashCore Fest III

Download do Split "F.O.M.I. Vs. Derci Gonçalves":

Por Kid Kodó

Programação Oficial do 6° Tendencies Rock Festival - 23 a 25 de Abril

Segue abaixo as informações completas de mais uma edição de um dos maiores festivais de música do Tocantins e da região norte do país. Para ouvir as bandas, basta clicar no nome da banda desejada. A fim de que o público conheça as bandas de fora antes do evento, postaremos entrevistas com as bandas periodicamente. Por isso, fique ligado no blog.

QUINTA-FEIRA DIA 23/04

Local: Tendencies Music Bar

Ingressos limitados a 500 pessoas (valores de meia entrada): R$ 8,00 + 1 kg de alimento

23:40hs - DJ LUCHO - Brasília - DF (músicalidade Brasileira)
22:20hs - ALEX VALENZI  & THE HIDEAWAY CATS - São Paulo - SP
21:40hs - VENTO AZUL - Palmas - TO
21hs - MEROS BERROS - Miracema - TO

ABERTO AO PÚBLICO NO TENDENCIES MUSIC BAR:

18hs - PALESTRA: PABLO CAPILÉ (ABRAFIN e Espaço Cubo)
17hs - OFICINA DE FOTOGRAFIA, ARTES PLASTICAS
13hs às 22hs - EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS
13hs às 22hs - EXPOSIÇÃO DE TATUAGEM AO VIVO com os tatuadores de Goiânia: Adrien Dorme, Jander Rodrigues e Murilo Freitas

SEXTA-FEIRA DIA 24/04 (com Camarote open bar)

Local: Planeta Fest

*Ingressos (valores de meia entrada): Pista R$ 20,00/ Camarote Feminino R$ 50,00/ Camarote Masculino R$ 60,00

Open Bar: Cerveja, Vodka, Suco, Água e Refrigerante.

00:20hs - NENHUM DE NÓS - Porto Alegre - RS 
23:30hs - TH6 - São Paulo - SP
22:50hs - CRITICOS LOUCOS - Palmas - TO
22:10hs - BODDAH DICIRO - Palmas - TO
21:30hs - GOLDFISH MEMORIES - Goiânia - GO
20:50hs - TERRITORIAL - Araguaína - TO
20:10hs - CRANIUM BASH - Palmas – TO 

ABERTO AO PÚBLICO NO TENDENCIES MUSIC BAR:

16hs - PALESTRA: FABRICIO NOBRE (ABRAFIN, Monstro Discos e MQN)
17hs - WORKSHOP DE GUITARRA – CAIO DURAZZO (Crazy Legs e Hideaway Cats) – rockabilly guitar #1
13hs às 19hs - EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS
13hs às 19hs - EXPOSIÇÃO DE TATUAGEM AO VIVO com os tatuadores de Goiânia: Adrien Dorme, Jander Rodrigues e Murilo Freitas

SÁBADO DIA 25/04

Local: Planeta Fest

Ingressos (valores de meia entrada): R$ 12,00

01:30hs - CRAZY LEGS - São Paulo - SP
00:50hs - D.F.C. - Brasília - DF
00:10hs - MQN - Goiânia - GO
23:30hs - LINHA DURA - Cuiabá - MT
22:50hs - A BABA DE MUMM-RA - Palmas - TO
22:10hs - LOCKFIST 669 - São José dos Campos - SP
21:30hs - MACACO BONG - Cuiabá - MT
20:50hs - NAHTAIVEL - Curitiba - PR
20:10hs - DERCI GONÇALVES - Ananindeua - PA
19:30hs - MATA-BURRO - Palmas – TO

ABERTO AO PÚBLICO NO TENDENCIES MUSIC BAR:

16 hs WORKSHOP DE BATERIA – YNAIÃ BENTHROLDO (Macaco Bong e Linha Dura)

10 hs às 18 hs – OFICINA DE COMUNICAÇÃO

* Comprando antecipado o ingresso do dia 24/04 (sexta) e chegando ao local do show até às 20h15 ganha a entrada do dia 25/04 (sábado) para entrar até às 20 hs.

Passaporte para os 3 dias (pista dia 24) R$ 30,00 (limitados)
Passaporte para os 3 dias (camarote masculino dia 24) R$ 70,00
Passaporte para os 3 dias (camarote feminino dia 24) R$ 60,00

Informações (63) - 8404-0374/3215-5773 André Porkão

Festival de Música Independente 2009 - Gurupi é underground!

A cidade de Gurupi está localizada a 245 km de Palmas, às margens do quilômetro 666 da rodovia BR-153, mais conhecida como Belém-Brasília. Foi nesse importante município do sul do estado do Tocantins que aconteceu o Festival de Música Independente 2009 no dia 7 de março. O festival, que reuniu oito bandas tocantinenses, foi organizado por Thiago Oliveira, baixista da banda Nose Blend e editor do blog TO no Underground.

O festival que estava marcado para começar às 20hs no Clube da Telegoiás, só teve início por volta das 22hs. Excelente horário para um festival com tantas bandas. No final esse atraso fez pouca falta, mesmo com o público formado por 90% de adolescentes com hora marcada para voltar pra casa.

Na véspera do festival, três bandas desmarcaram a apresentação por motivos particulares. No lugar de Clamor (Araguaína), Corja (Goiânia) e Territorial (Araguaína) foram convidadas as bandas gurupienses Piratas e Super Noise. Diferente do que aconteceu no último festival realizado em Gurupi, as bandas que tocaram não deixaram o público lamentar a ausência das bandas que não puderam vir.

Graças a essa substituição forçada de bandas, o público teve uma inesperada boa surpresa com o show de estréia da banda Super Noise. Formada por Reuel (guitarra/voz) e Bruno (bateria) do Nose Blend e o baixista Kleverson, a banda é bem diferente do Nose Blend. O som é mais trabalhado, não é pop, nem metal e nem hardcore. É rock! No curto show deles foram apresentadas quatro músicas: Tão Só, Se, Game Over e o cover desnecessário de Sentimental (Los Hermanos). Digo desnecessário porque só na música ‘Se’, a banda a já revelou qualidade diferenciada. Sem pressa, com certeza essa banda será um dos grandes destaques do ano no rock tocantinense.

Na sequência, outra banda da casa toma posição no palco. O Revolcity já começa avisando que pouco ensaiaram antes do show. Mas pra garantir o público na mão desde o começo, utilizaram de uma artimanha de duvidosa honestidade e abriram o show com Tora-Tora (Raimundos). A partir daí, a molecada não parou de pular até o fim do festival. O quinteto fez um show muito animado com letras adolescentes, como nas músicas Diploma e Sorriso Atrapalhado. Pra melhorar o desempenho no palco, podiam conversar menos entre si a cada intervalo de músicas.

A terceira banda a tocar foi o quarteto de heavy metal Discórdia. O destaque da banda vai para o vocalista/guitarrista, que apresenta carisma incomum a esse tipo de banda, além é claro da qualidade com que canta e toca ao mesmo tempo. Com algumas composições em português, o ponto alto do show foi quando tocaram Fear of the Dark (Iron Maiden) e a galera acompanhou nos ôoooo...Também rolou a música do Saint Seiya, do anime Cavaleiros do Zodíaco. O Discórdia seria uma boa opção para a próxima edição do Metal Night, em Palmas.

Sob o coro de "Chapinha" vindo da galera, já dá pra saber que a próxima banda a tocar seria a revelação miracemense Meros-Berros. Vestindo uma camisa do Olodum e com seus óculos fundo de garrafa, o vocalista Kélder anuncia três definições da banda: poesia musicada, punk rock e indie rock. Mas o que mais chama atenção no show deles é o punk rock clássico mesmo. Seja nas poesias marginais de autoria dos amigos Bento e Remo, seja nos backings vocals oitentista do guitarrista Cassio ou na agressividade do baterista Bob descendo a mão sem dó. Excelente show onde os veteranos do rock tocantinense (pra quem não sabe, eles já tiveram banda no início dos anos 90) puderam provar que o clássico é a melhor inovação do séc XXI.

Assim que cheguei em Gurupi, o Ivano falou pra mim: “Bauducco, hoje não vai ter presença de palco. Hoje eu vou cantar.” Pois é, parece que até a hora do show, o vocalista do Nose Blend teve tempo suficiente pra mudar de idéia. Mas o show não foi aquela desgraceira toda de sempre. Foi muito pior! Ou melhor?! Digamos que foi muito mais intenso. O guitarrista Reuel chamou atenção ao usar sua samba-canção de riquinho com notas de dólar estampadas durante o show. Nessa altura, boa parte do público tava bêbado, e o hardcore da banda só catalisou o efeito. Foram rodinhas violentas e montinhos no vocalista durante o show. Teve cover de Smell Like Teen Spirit (???), e músicas próprias como Em Guerra com a Guerra. Também foi curiosa a participação de dançarinos de trance-core que fizeram backing vocal durante todo o show da banda. Independente da zona que foi o show, o Nose Blend continua em ascensão, e hoje me parece com o que o Mata-Burro era há um ano. Agora vem a pergunta: como assim? O Mata-Burro era e agora não é mais?

Pela primeira vez em Gurupi, o Mata-Burro foi recebido como a grande atração do FMI. Prestes a gravar seu cd em Brasília, também era a primeira vez que os via ao vivo em sua nova fase. Dei uma olhada no setlist deles antes do show e só reconheci seis das 13 músicas, que segundo o guitarrista Tubarão devem compor o cd. O show começou com a instrumental Across the Lago (Whatahell??), e após umas três músicas pararam o show porque o Magrelo estava literalmente apanhando do pedal do bumbo, que estava desregulado para ele. Enquanto o problema não se resolvia, para não deixar o já cansado público desanimar, o guitarrista Thiago Carniça passou a improvisar Enter Sandman (Metallica), que foi embromado no vocal pelo baixista Bento e por Magrelo no surdo. Deu certo! O show voltou ao normal, a galera pirava, se batia, se jogava no chão, batia a cabeça na quina do palco. Tudo muito bonito de se ver! E a nova pegada thrash da banda deu o tom das músicas novas. Destaque para Falange. Entre as composições mais antigas, teve HC em Conceicity, Fumaça no Ar e Humanos. Esta última com participação de Hugão Cabeção, do Corell. Após o show foram vários cds vendidos, adesivos distribuídos e autógrafos em lugares estratégicos. Tem quem ache que tudo isso é thrash, e tem quem ache que tudo isso é trash.

Dentre quase 300 pessoas que compareceram ao evento pelo que estimei, aproximadamente 60 pessoas ainda ficaram para ver o pessoal do CríticosLoucos. A melhor banda de som pesado do Tocantins também se apresentou em Gurupi pela primeira vez. Quem ficou não se decepcionou. Praticamente todas as músicas do cd Coisas do Além foram tocadas, com destaque para Imperfeição e Apostasia. Ao fim do show, o vocalista Alan deixou a banda no palco e aconteceu o melhor momento do festival: um incrível solo de bateria do Thiago Play, com Daniel Canoli e Jefão fazendo a base no baixo e na guitarra, respectivamente. Esse momento foi um presente para quem ficou até o show deles e serviu para destacar a qualidade individual que a banda possui e deixar todos boquiaberto. Perdoem o clichê, mas foi uma aula de bateria.

Com menos de 30 pessoas ainda dentro do local, sobrou para os Piratas ter de encerrar o festival. Como o público já implorava pelo fim do show de tanto cansaço, o trio mandou no máximo cinco músicas. Mais uma vez rolou cover do Motorhead. E assim, por volta de 3h30 o festival já havia terminado de forma bem sucedida.

É importante dizer que quatro carros viajaram de Palmas a Gurupi só pelo festival, que também foi acompanhado de perto por Ronaldo Coelho, coordenador artístico e cultural da Fundação Cultural de Gurupi. 

Agradecimentos: Thiago Guajarino e Valéria pela carona, Eduardo por confiar a casa em nossas mãos, Nose Blend pela recepção, Toca das Tribus pelas fotos e Paula Suzane por tornar a viagem muito melhor. 

Por Daniel Bauducco

Fundação Cultural de Palmas promove encontro para discutir as necessidades dos artistas do Rock e do Hip-Hop

Reunião com artistas é produtiva

O diálogo é sempre a melhor saída, já dizia o ditado popular. Buscando encontrar solução para os problemas da classe artística de Palmas, seguindo a série de encontros, os gestores da Fundação Cultural de Palmas (FCP) se reuniram com músicos, produtores e agitadores culturais dos segmentos rock e hip hop esta semana.

No encontro, os músicos puderam apresentar suas demandas e discutir os problemas que enfrentam, diretamente com o gestor municipal responsável pela área, o presidente da Fundação Cultural de Palmas, Pierre de Freitas. 
De acordo com o jornalista Daniel Bauducco, editor do blog Nausearreia, que trata da cena alternativa e independente do rock local, a reunião foi produtiva.
“Foi um passo importante porque pela primeira vez a atitude para discussão de propostas partiu dos gestores, através da FCP. Embora pouco tenha sido definido nesse primeiro encontro, a situação abriu as portas para que haja mais diálogos”, conta Bauducco.

Durante a reunião, os artistas também fizeram propostas e ouviram a opinião do presidente da Fundação Cultural.

Em relação ao hip hop, os músicos foram modestos nos pedidos, solicitando apenas locais de ensaio.

Falta de participação
Enquanto o pessoal do hip-hop compareceu em peso, a falta de músicos e artistas do rock foi sentida, o que, na opinião dos presentes, faz com que os poucos esforços existentes acabem sendo inúteis.

Porém, o destaque das discussões ficou por conta de um esboço de uma futura união rock-hip-hop. André Donzelli, empresário do rock e idealizador de importantes festivais no Estado, ofereceu o espaço do Tendencies Music Rock para a classe realizar algum evento.

Em contrapartida, Pierre prometeu estudar a construção de um palco para os músicos se apresentarem no Parque Cesamar, considerado por todos o espaço ideal para shows.

Para o presidente da Fundação, estes encontros tem o intuito de estreitar a relação institucional com os diversos segmentos artísticos e também apresentar as propostas para cada setor, além de ouvir dos próprios artistas as demandas existentes.

Fonte: Cecília Santos, Jornal O Estado

Retificações do blog:

Como editor do blog e inserido no público interessado pelo rock no estado, acompanhei a reunião do início ao fim e me sinto à vontade para complementar as informações e discordar de parte do que foi publicado.

Sobre a “ausência dos roqueiros” na reunião, posso apontar mais de dez bandas que estavam no local representadas por pelo menos um integrante cada. Além de organizadores de alguns dos principais festivais da capital, que também estiveram por lá. Ainda assim, poderia ter ido mais gente, é verdade. Mas o encontro só foi divulgado na véspera (menos de 24hs antes do horário marcado) e através do boca a boca pela internet. Isso transpareceu falta de compromisso por parte da Fundação Cultural de Palmas, e exaltou o esforço dos artistas que compareceram.

Para complementar a minha fala na matéria publicada, vou explanar um pouco sobre as propostas apresentadas. Uma das propostas que mais agradaram foi a disponibilidade de um estúdio de ensaio para os artistas. Isso é um projeto da FCP que deve ser colocado em prática até o 2° semestre deste ano. O mais interessante é que tanto o pessoal do rock quanto o do hip-hop manifestaram-se para negociar esse projeto através de uma permuta de prestação de serviços. Serão necessárias mais conversas e discussões para que isso seja viabilizado dignamente.

A respeito de apoios aos grandes festivais (Tendencies e PMW Rock Festival), Pierre confessou que a FCP ainda não oferece o incentivo que eles gostariam de oferecer, e muito menos o incentivo que os festivais gostariam de receber. No entanto, ele se disponibilizou para mediar contatos com gestores de outras secretarias municipais, enquanto ainda não há orçamento viável.

 

Por Daniel Bauducco