quarta-feira, 30 de setembro de 2009
ROCK NA VÉIA (ops... foi mal) NA VEIA
Por Bento
Parece coisa de filme. Um bando de velhinhos decidiu que era hora de rasgar o pijama, quebrar o controle remoto, atear fogo na poltrona, tomar algumas pílulas contra reumatismo e voltar aos palcos da vida para tocar rock n roll. Tudo bem, estou exagerando um pouco, mas na verdade o que conheci dessa galera, é que todos são bem ativos, a primeira impressão é que não se aposentaram da vida. E com essa vitalidade que muito garotão não tem a banda VÉIÉTU fez sua estréia dia 29, terça-feira no Tendencies Music Bar.
Era pra ser só um ensaio aberto, pois a estréia oficial da mais nova banda de Palmas, VÉIÉTU, será quinta-feira, dia 1º de outubro, no Theatro Fernanda Montenegro, às 21h. Bom... Era pra ser um ensaio, mas foi mais que isso, a energia dos velhinhos, unida aos clássicos do rock, muito bem executados, arrepiava quem presenciou o acontecimento.
Teve participações pra lá de inusitadas, como a galera do UMA – Universidade de Melhor Idade, dançando e cantando ao som de Another Brick in The All; Sandro Petrilli cantando Elvis, óóóóóó, Sandro Petrilli? É ele mesmo, apresentador da TV Anhanguera, sim, aquele de topetinho, pira, o cara manda muito bem. Mara Rita subia ao palco, Chico Daher, com seu cello; e o professor de música Diego Britto, no comando de seu contrabaixo acústico. Simplesmente uma noite memorável
Ver essa velharada de rock na veia, botando o terror com clássicos como James Brown, Chuck Berry, Elvis, Eagles e outros é uma aula de rock, uma aula de vida, arrepia e dá exemplo. É isso aí, desejo muito mais anos de vida pra essa banda. E fica esperto, se trombar algum idoso por aí e chamá-lo de véio, porque você pode ouvir bem alto nos ouvidos... VÉIÉTU!
Formação:
À frente da banda, o véi Jota Bulhões (voz e violão), que integrou a banda de Gilberto Gil como violonista e backing vocal. A ele se juntam os coroas Cláudio Caneca (contrabaixo), Sérgio Lisboa (guitarra), Ailton Yabeta (guitarra) e Edson Kojak (bateria).
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Festa no Interior
Por: Bento
Dia 26 último, em Araguaína, a terra do boi gordo, nos fundos de um restaurante intitulado Ciriguelas, cujo proprietário, Dedim, loca seu espaço aos “loucos” produtores locais. Houve o Metal Fight, evento que contaria com apresentações de cinco bandas: Clamor, Prenúncia, Mucosa Anal, H2Y, bandas locais e o Mata-Burro.
Bom, interrompendo a linha cronológica da resenha, devo colocá-los à parte do que é viajar no Tocantins. Nós do Mata-Burro optamos por viajar a Araguaína de transporte alternativo, pois no horário que queríamos viajar não tem linhas disponíveis no transporte intermunicipal de passageiros.
Com um dia de antecedência entramos em contato com a Cooperben, que nos pegaria no Tendencies às 11 horas do dia 26, com previsão de chegada a Araguaína às 17 horas. Após atraso da Van fizemos várias tentativas infrutíferas de contato com o condutor do veículo. Às 14h, já sem esperanças de ir de Van, fomos almoçar. Era hora do plano “b”: ir de busão.
Mesmo a distância entre a Capital e Araquaína ser de 377 km, podendo ser feito em menos de 5 horas de viagem, levamos 7h30 de Transbrasiliana. Essa não é a primeira vez que estes pobres músicos passam por agruras quando dependem de transporte de passageiros no Tocantins. É um descaso.
Voltando ao assunto Evento. “Eu disse, contaria com apresentações de cinco bandas.” A banda Mucosa Anal não tocou, depois abordamos isto. Pelo horário que chegamos não deu para sacar o som do H2Y, segundo rockeiros locais, a apresentação foi muito boa, pecando só pelo excesso de covers. A banda Clamor está mais pesada, eu diria que é umas das bandas mais pesadas do Tocantins, a Prenúncia trilha a mesma estrada do Clamor, um pouco inexperiente, mas chega lá.
Agora “A POLÊMICA”. O público estava que era só expectativas, o show prometia, os membros da banda estavam fantasiados, eufóricos, começaram a montar seu equipamento. É agora (puta broxada), os caras não tocaram, e boa parte do público foi embora sem entender nada. Segundo os Mucosas era boicote por parte da organização, os mucosas traziam uma bandeira com Cristo crucificado com os dizeres: JESUS, REI DOS BASTARDOS, ou coisa parecida. A organização não se manifestou ainda. Eu senti mesmo falta da galera do som na hora do M.A.
Sobre o Mata-Burro... Prefiro falar sobre o público, que nos recebeu calorosamente, as participações que só enalteceram nossa apresentação, a galera que bateu cabeça do começo ao fim. Um abraço a todos. Ah já ia me esquecendo, o som ficou devendo.
Ps.: QUAQUER TIPO DE CENSURA É CONDENÁVEL.
Obs: Quem tiver fotos, favor entrar em contato!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Resenha Burrada Festival 2009
Atividades Paralelas. Guarde bem isso que vou dizer. Tem sido uma tendência evidente nos Festivais de música independente em todo o país. Elas estão arroladas a programação das bandas que se apresentam como pivô principal destes eventos. Uma ressalva, porém: as Atividades Paralelas parecem funcionar como muletas que sustentam o corpo do andante, ou seja, são inseridas em um Festival quase que sendo apenas para preencher um folder ou tornar aquecido um currículo, no Festival Burrada, contudo, a iniciativa foi louvável, tendo em vista que essas Atividades tiveram seu desfecho satisfatório desde a primeira até a última. Os dois grandes dínamos para que tal feito se evidenciasse foram os organizadores do evento e os representantes convidados das Atividades, considerando o fato de que os organizadores souberam escolher a dedo e os tais valorizaram a oportunidade.
A Atividade Paralela de êxito é aquela que é anunciada e efetivada de acordo com a programação e assim foram vistas: Mostra de Curtas-Metragens Itinerante Miragem, um sucesso de abertura do Festival, visto que o público compareceu em número significante na quinta-feira, não por acaso, os curtas selecionados foram de uma qualidade imensurável. Some-se isto uma amostra de fotografias que retratavam as bandas de rock locais junto a quadros de figuras do cinema, da musica, e ainda, as poesias marginais Letras das Canções criando uma miscelânea visual oportuna ao que ambiente proposto. Um tiro na psique de quem sabe absorver um bom prato de informação quando está diante de um.
Se a amostra de curtas e o desfile de artes foram anfitriões na quinta, a sexta-feira foi o dia de comprovar se valia a pena o empenho. Uma noite denominada Heavens Night, certamente pelo teor das bandas, que em nada significavam menos ou mais e sim convidativa a um público menos headbangers, foi de tal modo contemplativa aos que depositaram seus tostões nas apostas noturnas.
La Cecília, Boddah Diciro, Flip 180, Meros Berros e Vento Azul eram as bandas previstas, sendo que Meros Berros e Vento Azul não se apresentaram, uma lastima, já que seria o vinho que tornaria o cálice mais ébrio, contudo, um susto, do nada e não tão fácil assim de comparecer surge no palco do Tendencies Music Bar a banda de Paraíso do Tocantins – Poetas do Caos. Como um daqueles velhos contos nórdicos, parece que foi enunciada pelo oráculo, pois em nada desmereceu a confiança prestada. Um verdadeiro show autêntico de rock inteligente e criativo foi o que a banda trouxe, pano de fundo apropriado para a banda goiana Johnny Suxxx and Fucking Boys que fechou a casa com o orgasmo elétrico justo para uma noite descentemente apelidada de divina.
Era sábado. Se o Festival tivesse encerrado na sexta em nada teria sido decepcionante, visto tamanha glória alcançada. No entanto, tinha mais. Na tarde que antecedia a palestra O Rock Na Corda Bamba, uma chuva, não, não foi uma chuva para desanimar o público, ao contrário, trouxe acalento, e a palestra, logo em seguida, da mesma forma que as primeiras Atividades Paralelas, consagrou o evento, seguida pela Assessória de Comunicação enfatizada pela Jornalista Selêucia, donde foram dissecadas todas as principais estratégias possíveis que uma banda pode utilizar a seu favor no tocante a marketing. Um detalhe antes que se acabe o dia, o público para a palestra e assessória foram de certa forma estimável e surpreendente.
Seria de fato suficiente se ficasse por aqui, mas não ficou, ainda restava o último dia do Burrada, a noite Hell. Nesta, o previsto era um teor mais enegrecido com HC, BodeCore, Punk e Heavy, porém, dois desfalques: A Baba De Mumm-Rá e Urban Cannibals, nada desanimador, uma vez que a banda Slaved Soul esboçou o Heavy esperado, e por sua vez, a Críticos Loucos tão ansiada pelo público, já que esta retornaria ao palco com nova formação, e que, não decepcionou em nada tendo em vista a velha e boa performance tanto do vocalista quando os demais integrantes novos da banda que já vieram de caminhos experimentados. Fechando a noite, não poderia ser outra banda mais entusiasta para o publico hell do que Just Another Fuck. Ao contrário de muitas que vem de longe e deixam uma ferida irreparável, está provou estar apta para se apresentar em qualquer hora e local. Uma apresentação em que o vocalista convidava incansavelmente o público para a roda, manifestando gana roqueira e condições suficientes para carregar nas costas uma noite em que tiveram que preencher vazios inesperados. E por fim, depois de tanto gozo, a banda Mata Burro. Está estritamente intima do publico tocou o terror a final das contas, com a participação do André Porkão, vocalista da Baba de Murmm-Rá em uma música, decretando assim o final de um grande evento para um público respeitável que está de parabéns pelo comparecimento, desde a mostra de curtas até a deflagração final do Festival.
Olhando espacialmente de cima, é bom registrar algo sumariamente importante, as duas bandas que cruzaram a fronteira do estado (Johnny Suxxx and Fucking Boys e Just Another Fuck) pareciam mesmo ser daqui de tanto que estavam à vontade com as pessoas e com o lugar.
Um Festival digno de um público crescente e digno de uma terceira edição tal qual foi esta segunda. Quanto aos imprevistos, ossos do ofício, afinal, entre o Heavens e o Hell só existe mesmo um pequeno abismo, mas tão imperceptível que fora superado pela grandiosidade do arremate.
Por Rivaldo Souza "O Intolerante"
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Entrevista Johnny Suxxx n the Fucking Boys
01 - Fala ai João, tranquilidade?
Vamos fazer um lance pra galera conhecer melhor o Johnny Suxxx n the Fucking Boys, conta ai quando e como começou a banda?
Temos 4 anos de banda, começamos tocando entre amigos, todos tinham outras bandas e agente juntou pra fazer um som diferente, que acabou se tornando projeto principal de todos da banda.
02 – Se for traduzir o nome da banda o resulta é óbvio e direto, por trás dessa tradução tem alguma história que vale a pena ser contada?
Nem é tão óbvio nem tão direto. A maioria das pessoas traduz errado. Não tem putaria nenhuma por traz (ui ui ui ) desse nome. Simplesmente significa. Johnny de merda e os garotos fodões. Suxxx é o contrario de Rox, e não Suck que é outra coisa.... Agente nem pensou no caráter sexual quando colocou esse nome na banda! É sério!!!
03 – Na vinda de vocês a Palmas no Tendencies Rock Festival eu diria que além do show, rolou umas participações extras bem marcantes, como os “50 metros pelado” no show do Plebe Rude e a participação em uma música, com o refrão, “Assuma que você é um bicha inrustida” do Dead Smurfs. O que está sendo preparado pra esse show no Burrada?
Estamos levando nossa backing vocal. Faltava a sensualidade feminina na banda. E prometo bastante roupa no show, estarei muito bem vestido, podem ficar tranqüilos!!!! Não digo o mesmo da nossa backing vocal! ehehehe
04 – Uma pergunta que não posso deixar de fazer, até porque quero ver o que vocês têm a dizer, o que vocês acham de tocar na Heaven Night (hã?!) do evento?
Como disse eu acho que tocamos na noite certa. Esse negócio de Inferno e Capeta já está muito fora de moda. Estamos vivendo o fim do mundo, as coisas estão cada vez mais apertadas e se você ainda cultiva o “tinhoso” em seu coração é melhor largar logo dele. A onda certa é o amor! Faremos juz ao tocar na Heaven night!!!!
05 – A banda já está a um tempo na ativa, rodando por vários festivais, vários inclusive filiados a ABRAFIN. O que a banda têm de material lançado e quais são os planos até o final desse ano?
Temos um disco lançado totalmente de forma virtual e gratuita. Pode ser baixado completo no nosso perfil da tramavirtual: (www.tramavirtual.com.br/johnny_suxxx ). O disco teve excelente desempenho na internet, inclusive é vendido no exterior através do itunes e emusic. Ficamos um tempo preparando o segundo disco, que está pronto, ufa... Gravamos no Rock Lack em Goiânia e será lançado esse ano ainda. Digo com toda convicção que está muito melhor que o primeiro! Agora agente fica milionário.
06 – No release de vocês fala que o som não passa de cópias de riffs clichês do rock e cara de pau. Qual a fonte mais bebida pelos integrantes?
Na verdade é uma colagem de várias influências diferentes. O nosso guitarrista é muto Hard rock 70 e 80, já eu ouço muito Glam rock dos anos 70 principalemnte. Ouço muito garage rock e punk rock também, por isso sou o lado tosco da banda. Imagina uma banda com guitarras do Ac/Dc , baixo e batera e punk e um vocal dramático e climático. Agente rouba mas dá a nossa cara pro som.
07 – Valeu pela atenção e estamos esperando vocês aqui no Burrada Festival e esse espaço é livre pra falar algo que faltou na entrevista ou mandar um recado pra qualquer pessoa. Abraço Kodó e Coletivo Nausearréia.
Obrigado a todos que tem carinho por agente aí, é uma cidade que temos muitas pessoas e bandas queridas, seria impossível citar todas. Quanto ao show só uma coisa: Palmas jamais será a mesma.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
II To no Underground pelos olhos do Kodó
Era pra eu tocar tanto com o Mata-Burro, quanto com A Baba de Mumm-rá, o que seria foda, porém a profanação da baba ficou pra próxima, por conta de alguns vários problemas, como grana, saúde, trampo... mas mesmo assim teve uma pequena representação com o cover de “Dinamite no Cu do Edir Macedo”, feito pelo MxBx.
Saímos daqui mais ou menos 14 horas, juntamente com o Caio (Trade Rock), esse que iria gravar algumas cenas para o nosso primeiro vídeo clip. A viagem foi tranqüila, com uma parada programada no Km 666, para a filmagem da primeira cena.
Após a gravação seguimos para o local do evento e já encontramos tudo montadinho, inclusive com o som passado (raridade) pela rapaziada do Just, então o que restou foi ir para o hotel tomar aquele banho e dar uma relaxada no buteco mais próximo. Depois de algumas cervejas voltamos para o local do evento umas 21h e já rolava o rock. A banda Discórdia mandava seu Heavy Metal fabricado por Gurupi mesmo, logo depois foi a vez da malokada Mohanna, de Miracema, que manda uma mistura de Punk, grunge e letras engraçadas.
Enquanto isso o público chegava tímido, e a banda local de Black Metal, Andromalius subiu no palco, dando a entender que os presentes gostavam mesmo era do errado rsrs, o agito começou a rolar, e então subimos com intenção de quebrar aquele lugar, e quase isso aconteceu, faltou mais algumas poucas esbarradas nas pilastras. O show foi muita lokura, Gurupi é um lugar que nem é preciso de vocalista a galera conhece quase todas as músicas e rouba sempre que consegue, o microfone para eles. Depois as cenas do show vão fazer parte do vídeo comentado no começo do texto.
Saí do palco destruído e fui para a “Barraquinha de Muambas Nausearréia” de onde vi o show da banda Piratas, que me pareceu ser bastante admirada pelo público local, eles mandam um som bastante influenciado por, Metallica, Motorhead e Matanza.
Depois foi a vez dos goianos do Just Another Fuck subirem e mandar seu grindcore satânico, agora com um novo batera, o baixista Alex mais bêbado, o vocalista Patrick Star menos bêbado e o Henrique daquele jeito que quem conhece sabe. Essa receita redeu um show foda, arrisco dizer o melhor dos que já vi.
Para fechar a noite os organizadores da festa não podiam ficar de fora, sendo assim começa a desgraceira do Nose Blend, que vem melhorando o som a cada show.
-Tão parando de viadagem e mandando o barulho que realmente sabem fazer, né garotões.
Com o final da noite veio o único ponto baixo do evento, os caras fizeram nós ficarmos esperando algumas horas na porta do clube, e isso acabou causando uma inflamação nos ânimos, mas logo que nos levaram pra bater um sanduba no “Ed..alguma coisaBurguer”, a canseira passou e voltamos a ser amigos!
Valeu Thiago e toda galera de Gurupi, valeu pelo show do público e por ter dado a oportunidade de um show foda!
Quem quiser conhecer as bandas que tocaram no evento, encontrará os links em postagens antigas!
Abraços do Kodó!