O primeiro dia do Grito Rock Tocantins 2009 foi relatado por Remo Daris, porque como disse acima, cheguei apenas na última banda porque estava em outro show antes.
O Vis Compulsiva iniciou o festival com o típico show clichê pra família. Destaque para a nova guitarrista Valéria e também a sensação que metade da banda mudou, mas o show continua com as mesmas músicas, e o carisma solilóquio do vocalista Anax continua bom pra quem é fã.
A banda Essência de Horácio foi a segunda a tocar e junto do Vis Compulsiva foram as únicas bandas representantes da capital no Grito. Os tímidos e educados garotos de Palmas que mais lembra a velha guarda punk brasiliense continua a agradar quem desconhece. Bela apresentação.
Os ladrões da noite vieram da cidade de Paraíso, o Poetas do Caos novamente roubou a cena no palco de concreto do Tendencies. Sensacional mais uma vez. É impossível de classificar a apresentação. Trata-se do real rock rural tocantinense.
Direto de Goiânia e Trindade, o The Stoned Hotel fez seu show de estréia no Tendencies após 5 meses de ensaios. Quem ficou pra ver um som pesado saiu feliz e realizado. Trata-se de rock/metal/alternativo, o mesmo som daquela banda, o Helmet, maior influência da banda. O vocalista não é estranho na casa. Patrik já visitou Palmas por pelo menos duas vezes com o Just Another Fuck, sua outra banda. E desta vez mostrou outra faceta do seu potencial, sua enorme versatilidade. Destaque pro batera animal e o guitarrista peruano, principalmente no cover de ‘Ashes to Ashes’ do Faith No More. Show alcoolizado e fodaço! Depois disso, foi só diversão com a discotecagem retrô e amigos bêbados dançando.
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Na segunda noite do Grito, cheguei ao bar por volta de 23hs da noite e haviam poucas pessoas do lado de fora. Pensei que lá dentro estivesse cheio, mas só tinham os integrantes das bandas enquanto o Piratas ainda passava o som. Diante de apenas umas 20 pessoas, não demorou muito para que o show começasse.
O show do Piratas foi o primeiro deste trio gurupiense na capital, e eles demonstraram qualidade técnica, principalmente com o vocalista/baixista Gustavo e o jovem guitarrista Adailson. No show, eles apresentaram algumas de suas músicas próprias como ‘Morrer pela pátria jamais’ e ‘Farinha do mesmo saco’, além de dois covers do Motorhead e um do Metallica. A apresentação seguia a linha de influência destas bandas até que na saidêra eles cometeram o pecado de tocar uma balada de despedida, quebrando o ritmo pauleira do show. Ainda assim, é uma pena que tenha sido um show de luxo, pelo fato de praticamente só os membros das bandas terem acompanhado a apresentação.
O Nose Blend foi antecipado para ser a segunda banda a tocar com a explicação de que era pra quebrar a sequência de três bandas de hardcore (além deles, Gonorant$ e Quebraqueixo). No palco, a banda mostrou que após ensaiar um período sem o vocalista evoluiu muito tecnicamente e está em sua melhor fase, com músicas mais bem trabalhadas e versáteis como a quase metaleira ‘Em guerra com a guerra’ e a melódica ‘Como um animal’. Destaque para o fim da dependência que a banda tinha pela presença de palco do vocalista. O show deixou o público boquiaberto e encantado, principalmente quando Reuel destruiu sua guitarra no fim ‘só porque ela falhou algumas vezes’. Foda! hehehe
O Clamor representou o norte do estado e o som extremo. O trio liderado pelo baterista/vocalista The Raws ganhou a vaga para o festival através da seletiva realizada no último dia 24 no próprio Tendencies. A banda mostrou toda a agressividade do seu som, mas o público estava apático, talvez por causa da chuva fina que caía durante o show.
O próximo show foi dos candangos do Quebraqueixo. A banda formada por veteranos do rock de Brasília chamou bastante atenção por lembrar outra banda brasiliense que é muito adorada por aqui, o Macakongs. Inclusive o vocalista Evandro era do Macakongs nos três primeiros álbuns, antes do Traidô. O show apresentou músicas do cd Terra Torta, e com muito groove influenciado pelo Suicidal Tendencies. O Quebraqueixo ganhou o público de vez ao tocar covers de Holiday in Cambodia (Dead Kennedys), SxTx e Commando (Ramones).
A galera já tava meio preguiçosa quando chegou a vez da última banda. Os Gonorant$ subiram no palco uniformizados com camisas listradas em branco e vermelho, como “indies cor sim, cor não”. Aquilo me fez esperar irreverência acompanhada de tosquice, mas quando o começou o show, a tosquice passou longe. O trio é formado por Eder (vocais/guitar), Vanessa (baixo/“Cecília cover”) e Rafael (batera/vocais) e mostrou no show que não é porque a banda é adepta de letras bem humoradas que a sonoridade não deve ser levada a sério. Os Gonorant$ divertiram o público com a divulgação de seu primeiro álbum recém lançado “Eu quero muito ser abduzido” com as músicas “Eu quero voltar pro saco do meu pai”, “Traficante de Rapadura” e o hit “As que dão dão” que teve o refrão cantado por todos: “as que dão dão, as que dizem que não são as que mais dão”. Pra quem não viu o show, as letras seguem a linha do Ultraje a Rigor com a melodia pesada dos Raimundos. O show ainda foi um revival do rock nacional anos 90, recheado de covers dos Mamonas Assassinas (Jumento Celestino e Débil Metal), Raimundos (Bê a Ba), e Little Quail (1,2,3,4 e Berma is a Monster). Aliás, foi quando a banda dedicou “Berma is a Monster” ao baterista do Quebraqueixo que percebi que tratava-se de Berma, o primeiro baterista da clássica banda brasiliense Little Quail and The Mad Birds. O público e a banda estavam tão empolgados com o show que os Gonorant$ tentaram encerrar a apresentação por duas vezes, mas não conseguiam. Somente depois de tocarem a música do Chaves (Se você é jovem ainda), é que infelizmente o show acabou. Satisfeito com o show, o Porkão já negocia com a banda como a primeira atração do próximo TO.M.E..
Quem assistiu aos dois dias de festival pode se considerar privilegiado por fugir da inércia que é a noite palmense e ainda conhecer boas novidades do rock local e nacional. Aos roqueiros de internet, só resta continuar curtindo suas bandas no youtube, myspace, tramavirtual, blogs e afins. Enquanto isso, a cena vai aprendendo a engatinhar sem os joelhos.
Por Daniel Bauducco
14 comentários:
Valeu Bauducco! O Quebraqueixo agradece. Vamos tentar trazer "A Baba" pra apavorar aqui no DF! Depois vou olhar com mais calma o blog todo, parece que tem muita coisa boa aí. Abração!
resenha massa( de novo); ]...que venham os próximos festivais...alguem poderia me doar uma guitarra???haiuahjiuahiaiha
ta longe de ser "Cecília Cover"
num entendi =/
O Gonorant$ é uma das bandas mais promissoras de Brasília, acho que essa conexão DF-TO pode render bons frutos.
Abs
GOSTEI DA EXPRESSÃO "OSTRACISMO DA NOITE PALMENSE", BOA NARRAÇÃO!
Os Gonorants são simplesmente demais. Daqui a pouco irão estourar em todo o Brasil. Precisamos de bandas como esta no Brasil.
Gostei muito da banda Gonorants de Brasília. Os moleques são muito bons.
Fernanda
Realmente acho que a banda irá estourar...A banda Gonorants realmente é muito boa.
O produtor do festival está de parabéns. Concordo com o que a galera acima disse sobre os Gonorants... Um abraço a todos
O festival foi muito bom e realmente a banda Gonorants é muito promissora para este ano de 2009. Mal lançou o 1º CD e já tem mais de 25.000 visitas no myspace. Muito bacana.
Poxa, perdi o show desta banda Gonorants. Escutei as músicas no myspace e realmente são muito boas. Vamos trazê-los novamente a Tocantins antes que a banda fique famosa. Depois, só pagando muito para assistir ao show desta rapaziada. Parabéns ao produtor Porkão.
ERRATA
"O Vis Compulsiva iniciou o festival com o típico show clichê pra família. Destaque para a nova guitarrista **VALÉRIA** e
não Larissa. Desculpem.
Eah Larissa, tamuh juntO .. kkkk
Só aproveitandO para agradecer pelo
comentário "Destaque para a nova guitarrista **VALÉRIA**", e tbm pra
peculiar que a Vis Compulsiva fez a
sua despedida de shows "clichê pra família" no GriTO,iniciandO uma nova ideologia musical ao término do eventO ... rsrs !!
Abraços !!!
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