terça-feira, 29 de julho de 2008

BODDAH conquista oportunidade de gravar seu primeiro CD

No dia 22 de julho desse ano, a Fundação Cultural de Palmas divulgou a lista dos selecionados para o edital de cultura "Palmas pra Cultura". Entre os 100 projetos inscritos, apenas 25 foram aprovados totalizando R$ 333 mil em recursos. A lista inclui o projeto de gravação do primeiro cd oficial da banda Boddah Diciro.

A banda de rock Boddah Diciro teve seu projeto de gravação do primeiro cd oficial aprovado. Em sua primeira participação em um edital de cultura, a vocalista e guitarrista Sâmia Lima disse que estavam muito confiantes na aprovação do projeto pelo empenho que tiveram, “ainda assim foi uma surpresa ver uma banda de rock ser aprovada” segundo ela. "Esses R$15 mil vão viabilizar algo que batalhamos há tempos, que é o nosso cd, e durante esse semestre vamos abrir mão de muita coisa para fazer o melhor trabalho que conseguirmos” acrescenta.

Pelo cronograma imposto aos projetos aprovados, as gravações têm início em setembro, para que em novembro o cd já seja lançado. O cd deverá ser gravado em Goiânia no estúdio Rock Lab, e com produção de um dos produtores mais conhecidos do underground, Gustavo Vazquez. Segundo Sâmia, o cd terá 11 músicas, e passará por todas as fases da banda, e o pessoal já pode escolher quais músicas devem estar no cd através de uma enquete na comunidade oficial da banda no orkut.


Após ter sido a primeira banda tocantinense a lançar um EP, a Boddah busca com a gravação do cd atingir uma maior visibilidade e divulgação do trabalho. “Sem dúvidas vamos trabalhar fudido pra produzir nosso primeiro cd da melhor forma, e poder assim representar melhor o estado nos festivais que a gente tem tocado” conclui a vocalista.

Por Daniel Bauducco

sexta-feira, 25 de julho de 2008

ROCK NÃO TIRA FÉRIAS

The return of BABA

Dia 26/07, a noite caia e a correria apenas começava. Estava quase tudo pronto pra mais uma noite de roquenrou começar na capital. E na calçada do Tendencies alguém sentado cantarolava alguma coisa em alguma língua esquisita e bebendo uma ampola de Pedra 90....

A noite no palco de concreto prometia nada mais nada menos que Fígado Killer de GYN, mas infelizmente devido a um acidente gravíssimo com o pai da esposa de um dos membros fez por adiar o passeio no TO. Mas Luciano, guitarrista do Fígado e baixista fundador do HC-137 fez questão de vir e marcar presença no evento promovido pelo seu veeeeelho amigo André Porkão Donzeli. Nosso respeito e desejo de melhoras ao ente do Fígado.

Bom voltando ao clima bom da parada, a noite também era noite de regresso aos palcos das bandas ALBION e a BABA DE MUMM-RÁ. Além da banda hardcore CORELL. Ficaram com estas a responsabilidade de suprir a ausência do tão esperado Fígado Killer.

Eram 23:30 quando o público entrava e a banda ALBION subia ao palco depois de longos meses distantes do concreto mais almejado das bandas tocantinenses. A banda palmense já na ralação a 2 anos manda um rock bem britânico, que nos faz recordar os tempos de Echo & The Bunnymen, Bowie, Joy Division... O indie deles é profissa, com sintetizador e tudo, e mesmo os from hell’s admitem a qualidade do trampo de Pablo, Tadeu e Cia. Foi uma excelente apresentação digna do palco do Tendencies. Lamentação apenas ao numero de covers, mas mesmo eles foram sensacionais.

Chegou a vez do CORELL também matar sua saudade do “Concreto Sagrado do Chiqueiro”. Hugão e banda mais uma vez mandaram ver no que uma grande fração do publico de 150 pessoas aguardava pra fazer, uma grande e violenta roda de hardcore. Mandando musicas do repertorio da primeira fase da banda entre as novas, a banda contou com a ajuda na gritaria de membros da Baba de Mumm-rá, Críticos Loucos e Mata-Burro que subiram alucinadamente no palco pra apoiar os brother’s. Destaque a dois covers, um de Raimundos e uma homenagem ao Críticos Loucos com Carta aos 26.
Lamentável somente a pausa no show devido ao atendimento de uma denuncia que a POLICIA MILITAR cumpriu entrando no evento. Mas nada que atrapalhasse a noite de rock.

Era chegada a vez do tão esperado show que marcaria a volta da Baba ao palco de casa, era o que a maioria do público presente aguardava. Como diria a ironia do ditado “O bom filho a casa torna”, depois de demorados 2 anos, Porkão, Danihell’s, Ithalo, Marcão e o novo guitarra Jota encerraram a noite com chave de ouro. O repertorio? Musicas que o público sabe décor e salteado como “Dinamite no C# do Edir Macedo” misturadas às novas e inéditas musicas do novo repertório. O banho infernal de sangue no palco e o dilaceramento dos cartazes de Boy Band’s sempre foram um show aparte, somados à presença da Babete Val, que vestida de colegial servia de bandeja a sede da banda enquanto o Profano Bode Core rolava fudidamente. Do caralho. Destaque para participação de Lulu (assim chamado carinhosamente pelo Porko), baixista e fundador do HC-137 mandando a clássica “Fernando Collor”.

O publico não sentiu falta do Fígado Killer que só tornaria a festa ainda mais grandiosa e bonita. E saiu satisfeitíssimo com o que viu na noite em que o Rock Não Tirou Férias.

Isso aí!!!









Por Remo Daris

quinta-feira, 24 de julho de 2008

3° Junta Tribo Rock Fest em Rio Sono-TO

No dia 11 de julho, aconteceu na cidade de Rio Sono, localizada a 150 km de Palmas, a 3ª edição do Junta Tribo Rock Fest. O evento faz parte da programação de temporada de praia na cidade, foi organizado pelo jovem de 21 anos Daniel Barbosa, e teve o apoio da prefeitura e de comerciantes locais para que quatro bandas palmenses e uma de Miracema fossem trazidas ao evento.


Na semana que precede o dia mundial do rock(13/07), o rock foi trazido ao interior e mostrou a variedade que as bandas tocantinenses oferecem: do pop ao grunge, e do hardcore ao metal.


A única banda de Miracema, Stiff, foi a qual abriu o festival com músicas próprias e muitos covers de Nirvana no repertório, com destaque para Territorial Pissings. A segunda banda a se apresentar foi a Boddah Diciro, que também manteve o som grunge no palco, mas de forma mais original que a banda anterior, e com show à parte do baixista Daniel Mota e da baterista Dídia.


Então vamos para um dos momentos mais históricos e esperados da noite: o retorno aos palcos da Baba de Mumm-Rá, banda que já levou o nome do Tocantins para fora do estado há dois anos atrás, em sua participação no festival Goiânia Noise. E em sua volta, mostraram toda a vontade de antes, e deram o sangue(literalmente!) e as cervejas ao público em seu teatro mágico de horror.


Para mostrar a variedade dentro do rock, subiu aos palcos a banda de pop-rock Vertikal. O som da banda animou a galera local, principalmente por suas canções serem mais fáceis de se assimilarem.


Depois foi a vez de outro grande momento da noite: a banda Críticos Loucos encerrava o festival com o seu som pesado que mescla hardcore, metal e rap, quando mais de 15 jovens roqueiros subiram no palco e agitaram rodas lá em cima, obrigando os seguranças a pedirem para que o pessoal descesse, pois o palco estava literalmente andando. Como se não bastasse, os jovens pulavam do palco para que a galera que estava na frente os segurassem. Tudo em busca de diversão!


E o lema do festival justifica tudo: “Jovens que escutam rock são loucos, e homens que constroem bombas são normais”.


Por Daniel Bauducco

Entrevista com o Mata-Burro

Em entrevista cedida ao Paranoid Zine de Goiania, Remo da banda Mata-Burro fala um pouco sobre o começo, presente e projetos da banda para o futuro.


Confiram a entrevista.

E aí Remo, quanto tempo de banda?

Opa, primeiro obrigado por chamar a gente pra bater um papo mano. Bom velho, 1 ano e alguma coisa. A gente começou em março de 2007, dia 8. Daí pra cá a gente tem se dedicado integralmente a esse projeto.

O que vocês querem transmitir com o nome Mata-Burro?
A idéia foi minha juntamente com o Fernando Punk, um velho amigo daqui. A gente costuma dizer que o nome Mata-Burro é uma analogia perfeita para uma banda punk ou hardcore-punk. Anti-conformismo, anti-violência social, anti-corrupção, etc.

Porque dois vocais?
Não foi algo planejado, foi uma conseqüência das definições do começo da banda, com a entrada de um "guitarrista de verdade" (rsrs), eu e o Ithalo decidimos não tocar e só cantar. E ficou do caralho, hoje nem eu nem ele consegue cantar uma das nossas musicas sozinho.

A demo ficou boa, parabéns! Como foi a correria da gravação e como vocês conseguiram a participação do Zé do Caixão?
A gravação foi feita nas coxas aqui mesmo, com a estrutura que havia em mãos pra ser feita, infelizmente não mixamos pra ficar um pouco melhor, mas é um importante registro pra nós. Estamos já preparando um grande lançamento pro próximo semestre.
O Zé do Caixão? Ele veio aqui participar de um evento de cinema, aí o Bento (baixista) trabalha na Fundação Cultural e teve contato com ele, daí chegou com o MP3 na mão e pediu na cara de pau hehe... e o Zé, na figura sensacional que ele é, gravou na hora.

Quais são as influência musicais de vocês? E o que vocês andam escutando?
Isso é complicado, as influências de cada um são muito distintas (Grind, Punk Rock, HC, Trash 80'tista, NYHC), mas o consenso recai sobre o hardcore nacional tanto o clássico quanto o moderno. Calibre 12, Lobotomia, Ação Direta, Lixomania, Restos de Nada, etc.

Se aqui no DF/GO já é difícil ter uma banda de HC, imagino que aí em Tocantins deve ser mais difícil ainda, fale sobre isso e também nos dê um panorama da cena HC de Tocantins, bandas, locais de show, selos, etc....
Bom pra mim tudo depende de você acreditar no seu trabalho e conseguir convencer que seu trabalho é honesto e verdadeiro. Aqui as portas não estão fechadas, estão encostadas e esperando você abri-las e acredito que em qualquer lugar é assim. É difícil se mover mano, dar o primeiro passo, fazer o corre. A gente conseguiu fazer sucesso com HC e em 1 ano velho, isso porque a gente adquiriu o respeito dos outros artistas, do público, dos produtores de evento e de quem apóia o rock. Mas ainda assim é difícil porque a gente não depende só da cena local, toda banda quer ultrapassar as fronteiras da cena local e isso depende um pouco mais do que seu trabalho ser honesto e verdadeiro, é peroba na cara-de-pau e abrir a mão pra viajar e pagar do bolso, vender merchandising, e se possível ajudar a carregar as caixas de som, colaborar com os eventos, porque o underground precisa sobreviver.
Sobre as bandas daqui, somos apenas 2 bandas de hardcore mesmo, nós do Mata-Burro e o Corell, mas tem a galera dos outros estilos, que vivem e respiram hardcore conosco, como o Anorexia, Tefilah, Mucosa Anal, Dose, Críticos Loucos, Territorial, Nose Blend, Baba de Mumm-Rá... Estamos formando uma cena fudida.

Vocês estão conseguindo tocar constantemente fora de Palmas, como estão sendo esses shows?
Esse ano viajamos pra caralho. Fomos pra Cuiabá-MT tocar no Grito Rock, Uberlândia-MG no II Cultura em Peso, em Goiânia no IV Tattoo Rock Festival. Dia 20/07 vamos tocar na festa de lançamento do CD Descaso do Maltrapilhos em Brasília e em Setembro no Independência e Rock em Caldas Novas. Bom isso é o que eu to sabendo hehe. Parece que vamos em Curitiba também.
Os shows fora são fóda pra nós, aprendemos muito e lá fora (nos outros estados), que a gente observa nosso trabalho melhor e passamos a ouvir o que estamos fazendo. Isso internamente, porque as viagem em si sempre são legais e as amizades feitas sempre inesquecíveis e enriquecedoras.

Gostaram do show no Tattoo Rock Festival em GYN?
Gostei do show do Endrah (com o vocal do Corréra) kkkkkkkkkkk... Vou falar sério, eu vi todos os shows e gostei de todos. Na nossa vez no sábado, foi pra fechar a noite e depois de Linha de Frente e Endrah, e todo público estava lá pra vê-los, depois que tocaram o publico vazou. Mas quem ficou viu o regaço feito pela modesta banda do TO. GYN é do caralho também né mano, temos muitos amigos lá, o Biula do CFC, o Japão do Motherfish, o Bruno do Urban Cannibals, você também Natal. Tem muita gente interessada no rock goiano e a gente valoriza isso.

E o show no DF junto com Os Maltrapilhos dia 20/07, como está a expectativa?
A gente foi convidado pelo Marcio pra tocar lá, e a gente tava feliz com isso. Mas quando eu vi que era com o Maltrapilhos, Macakongs e Galinha Preta que eu cai na real. Velho é um objetivo alcançado, a gente queria isso no começo, estar ao lado deles e tá rolando nesse evento. Além de ser bandas em que a gente se inspira, são nossos amigos também, o Phu, o Frango, o Marcio.
É um show importante também por ser no DF e ser um evento bem direcionado pro Punk/Hardcore. Queremos fazer o melhor show de todos e aproveitar a viagem ao máximo.
Dia 19 a gente para no caminho em Goiânia pra um show no Julio's & Blues Bar também. Tocaremos com Asas da Vingança, Impeto e Utgard Trolls.

Irão gravar outra demo ou já vão partir para um CD oficial?
Deixa eu divulgar uma parada mano, a gente saiu na coletânea Rock Soldiers XIII com duas músicas, Humanos e Armas de Destruição. Coletânea fudida com bandas do Brasil todo. Tá nas lojas e na internet o Cd pra comprar.
A gente quer gravar uma demo no próximo semestre, uma demo bem produzida e de nível pra trabalhar em cima dela, pra depois, em 2009 a gente gravar um CD oficial. Vamos fazer a captação toda aqui e vamos mixar com o Frango (Galinha Preta-DF) ou com o Phu (Macakongs-DF). Essa demo vai chegar bem mais longe porque o material que a gente tem pra gravar vai surpreender muita gente, vai ser hardcore pra nego sair de pescoço duro e se quebrar no mosh pit, letras inconformadas e entendíveis.

Espaço Livre
O trabalho independente feito por todos da cena ultrapassa o papel das bandas. Os Zines, os Blog Zines, os organizadores dos pequenos eventos e os roadies, os coroas formadores de opinião e você que paga as entradas dos showzinhos de rock no seu bairro sem perguntar se tem "meia". A cena e o rock dependem primeiramente do trabalho dessas pessoas pra depois nós, as bandas, pensarmos em adquirir algum reconhecimento, primeiro temos que reconhecer o trabalho de vocês. Obrigado.
O resto da rapa manda um abraço também, o Magrelo, o Bento, o Ithalo (Kid Kodó), e o Tubarão.

Vocês podem encontrar a gente no Orkut e no Myspace
http://myspace.com/mataburrooficial

Valeu Natal, feliz natal kkkkkkkkkk

Entrevista feita por Natal Daris (Paranoid Zine-GYN)
http://paranoidzine.blogspot.com


Por Daniel Bauducco

Boddah in HELL

Boddah in HELL

No dia 28 do mês passado, a banda Boddah Diciro em excursão à bela e quente cidade de Cuiabá, fizeram mais uma apresentação na capital conhecida como Hell City pelo seu calor infernal.
Injustiça seria não publicar a nota que resenhou sua apresentação na Casa Fora do Eixo.


"Pena que tinha pouca gente, mas não mudou em nada. Se tivesse mais a vibe, o show foda, teria sido o mesmo. Já viu baterista ser front man? E front woman? É, a baterista ganha maior destaque pela performance arrasadora. Ela não toca bateria, ela dança na bateria. Seus movimentos leves, ágeis e determinados fazem muita gente babar. Porém, a alma da banda é o baixista. Quieto, ali na dele, mas que nada, quem dá o peso é o baixo. A vocalista e guitarrista não tem muito o que falar, perceptivelmente influênciada por Kim Gordon, do Sonic Youth, gritou, berrou, e surpreendeu. Já o guitarrista e vocalista, que tava na cara ser influenciado pelo Jack White, não chocou, mas cumpriu seu papel. Foi um puta show."

[http://www.hellcity.blogger.com.br/]


A banda palmense já é conhecida em Hell City. No ano passado, participou do Grito Rock roubando as atenções que seriam para a banda Feichecleres e despertando o interesse e a admiração do nosso velho conhecido Pablo Capilé (organizador do grito e cabeça do Espaço Cubo).

Parabéns Boddah!


Por Remo Daris


Foto por Paulo Kyd


quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tefilah - Não Corte Meus Punhos

A Tefilah é uma banda de Palmas, que mistura metal com hardcore, com influências dos anos 90 e 00. A banda é formada por Magoo no vocal, Jânio na guitarra, Thiago Urso no baixo, e Tiago Menonita na bateria. O nome da banda de ideologia cristã tem origem judaica e significa oração, mas não no sentido de pedir ou agradecer algo, e sim a introspecção que dispõe, “momento em que nós gastamos olhando dentro de nós, vendo o nosso papel no universo e nossa relação com Deus”.

A banda que já tem um ano e meio de atividades, acaba de lançar sua primeira demo, com 5 músicas e intitulada “Não Corte Meus Punhos”. A demo foi gravada ao vivo no estúdio Sonic, em dezembro de 2007, e serve como registro do que eles produziram no primeiro ano de banda, e assim, divulgar o som pra fora do Tocantins também.

A demo tem uma bela arte de capa feita pelo próprio baterista, e chama a atenção que ao primeiro olhar é difícil identificar o desenho, que tem uma relação com as letras negativas, que são o reflexo do desespero sobre o fim do mundo que se aproxima com ações desenfreadas do homem. Destaco as faixas “Gritos” e “Babel Cairá”, faixas que iniciam e encerram a demo. Além dos harmônicos do guitarrista, e da forte presença do baixo em um som tão pesado.

De acordo com Magoo: “a idéia é melhorar a gravação dessas 5 músicas, e gravar mais 5, para que até o início de 2009 a gente consiga lançar o cd cheio”. Enquanto isso, a demo está à venda por R$ 5,00 nas mãos dos integrantes.












Ouça a demo aqui:

http://www.myspace.com/tefilahmosh

Por Daniel Bauducco