terça-feira, 10 de novembro de 2009
Que fim de semana foi esse?!?! part. 1
No final de semana que passou, eu (Kodó) e o Bento fomos pra Brasília acabar de gravar o álbum “Fé, Dinheiro e Descaso” do Mata-Burro e como garotos batráquios que somos pegamos exatamente a data que o Exploited faria o seu show na capital brasileira.
Já fomos com tudo programado para a festa, mas as coisas sairam melhores do que o esperado. Chegamos lá sexta pela manhã e fomos logo visitar as nossas amigas de padaria do Guará II, comemos uns sanduba esperto e esperamos a Dona Luzia (mãe do Phú) chegar em casa para podermos finalmente descansar um pouco. Pela manhã também recebemos a notícia do nosso belo produtor, que o mesmo estaria trabalhando durante todo o dia no show do Exalta Samba, então não gravaríamos nada na sexta.
Notícia não tão boa, mas que não atrapalhou em nada o nosso fim de semana. Já que não estávamos fazendo nada mesmo, fomos correr atrás dos nossos ingressos para o show que rolaria naquela noite. Fizemos umas ligações, mas não deu muito certo então decidimos pegar um busão e colar lá no Conic, onde estavam sendo vendidos os ingressos e mais uma porrada de coisa Rock, depois de conseguir os ingressos, demos uma fuçada na Berlim Discos e achamos umas paradinhas massa, depois das compras voltamos pro Guará, dessa vez para achar uma carona.
Pedimos carona para uma galera mas ninguém podia levar os Tocantinenses do Guará até o show pois ia desviar muito a rota deles e o show era longe pra caralho. Enfim o Márcio, vocalista do Maltrapilhos, falou para voltarmos para o Conic e de lá ele nos levaria até o Arena onde ia rolar o show. Sendo assim voltamos pra lá, só que dessa vez foi no período noturno o que tornou o ambiente bem mais diferente. Roletamos pelo prédio procurando nossa carona e digamos que foi um rolê num ambiente bem legalize, e não falo só de mato.
Avistamos uns roqueiros na ala central do prédio e lá estava a nossa real carona encomendada pelo Márcio, o parceiro Gilvany do selo GBG e o Júnior que foi o motora, e no mesmo lugar tava nosso amigo Lauro (Crust Division), e o Régis (Murro no Olho) que logo passou uma coletânea do Zine Oficial com uma bela canção da banda. Depois de prosear um pouco decidimos que tava na hora de cair pro Arena.
O bagúio realmente era longe, depois de um tempo chegamos no lugar do show, que ainda estava vazio. O Túlio do DFC tava saindo no carro e perguntou se o Gilvany tava afim de embarcar de graça no evento, o mesmo entrou no carro e foi montar sua barraquinha de tranqueras de roqueiro. Eu e o Bento ficamos numa situação “meio chata” do lado de fora, já que tinha uns latão de Antártica Trincando de gelada por apenas R$2,50, ai já viu a situação.
Aos poucos ia chegando gente e sempre trombávamos uns conhecidos seja da galera de Goiânia ou de Brasília mesmo, estávamos em casa. Depois de várias brejas entramos no evento pensando que ainda nem tinha começado, um pena porque perdemos o show dos Cabelo Duro, mas a noite tava só começando. A segunda banda foi o Galinha Preta infernizando os ouvidos dos vermes malditos presentes, mandaram vários clássicos com os samples atravessados e o vocal lírico do Frango esquecendo suas letras.
O DFC subiu no palco depois da galinhada e mandou um show com duas músicas, uma de mais ou menos 12 minutos e a outra com mais ou menos isso também, era pra ser só uma, mas a caixa da batera furou e teve que ser um show parcelado em duas vezes. Destaques pra essas duas bandas que mandaram um “alô” pra nós do TO.
Depois do DFC ter mandado a trilha sonoro do quebra canela e dos mosh, foi a vez do Mukeka di Rato, que na minha opnião poderia ter feito melhor, tirando como exemplo o show que tinha visto deles no Goiânia Noise.
Agora a bagaça vai ferver o Lobotomia encarregado de anteceder o show do Exploited, fez um show fudido, quem quiser saber mais pergunta para os seguranças que tomavam conta do palco. A coisa explodiu mesmo na hora de "Mosh To Die", se não me engano, hora que o Marcão pulou na galera e o segurança confundiu ele com o público e não queria deixar, que ele voltasse pro palco.
Chegou a hora que toda aquela galera esperava, era hora do clássico, Wattie e a galera da banda vieram para o palco cercados de seguranças e mandaram ver uma seqüência de clássico até umas 03:00 da matina, era só acabar uma música, que o público insano já fazia um coro pedindo outra, a mais pedida foi “Fuck the USA”, que acabou sendo acompanhada em coro. Os momentos mais altos do show na minha opnião foram as músicas “Beat the Bastard” e o clássico "Sex & Violence" que foi cantada literalmente pelo público em cima do palco.
Essa foi nossa sexta-feira e apenas o início do fim de semana, aguardem o próximo texto, ou paguem uma breja pra mim e pro Bento que contamos o resto!
Saca só o fi da puta!
Abraços, Kodó!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
AS LÍNGUAS MALDITAS DO CERRADO PALMENSE
Por Bento
Há algumas semanas, um texto de minha autoria, intitulado “Tem dias que vale a penas ir pro “ROCK””, foi publicado no blog Nausearréia. A “bendita” redação tratando de observações sobre as dificuldades de se organizar um grande festival, que infelizmente dá prejuízos por vários fatores, como falta de patrocínio e falta de público, anda me dando dor de cabeça.
Bom... Como já é de costume palmense, uma pedra num lago vira um Tsunami. Algumas malditas línguas foram infernizar os produtores do PMW Festival, dizendo que o referido texto denegria a imagem do PMW. Bom... Nem sei quem foi, ou foram, os falastrões, nem fiz questão de saber.
Peço desculpas se por ventura minhas palavras não deixaram bem claro a minha opinião. Citei alguns festivais e nomes de algumas bandas, como exemplos para elucidar minhas palavras quando quis citar os “GRANDES FESTIVAIS”, que por sua grandeza, requerem mais trabalho, mais patrocínios, mais público e assim por diante.
Quando eu disse “devendo até as cuecas”, trata-se da dificuldade dos produtores de bancarem os custos de um grande evento e não uma calúnia sobre a vida financeira alheia.
Eu sei que o PMW Rock Festival e o Tendencies Rock Festival tiveram alguns apoios, muito valorosos por sinal, pois neste país de acéfalos tem que se aplaudir quem apóia a cultura, também conheço o esforço dos seus produtores pra cumprirem seus compromissos financeiros..
Então, LÍGUAS MALDITAS, quando forem fazer fofocas, picuinhas, pensem bem, pois vocês podem estar prejudicando não só eu, como o outro lado também. Coisa que já aconteceu por causa desse falatório. Como costumo dizer: PRA AJUDAR TEM POUCA GENTE, MAS PRA ATRAPALHAR TEM GENTE DEMAIS. TEM MUITO FILHA DA PUTA NESSA TERRA.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
FastWaldoCão
Na Garagem do Tendencies Bar
Só R$5,00 ou duas notas de R$2,00
Com as bandas:
Baba de Sheeva – Legalize Crossover – Goiania (não é o Planet Hemp, é mais rápido)
http://www.myspace.com/babadesheeva
Mucosa Anal – Grindcore – Araguaína (som de açouqueiro psicopata)
http://www.myspace.com/mucosaanal
Mata-Burro – Crossover – Palmas (tentando ser cada vez mais rápido)
http://www.myspace.com/mataburrooficial
terça-feira, 6 de outubro de 2009
TEM DIAS QUE VALE APENA IR PRO “ROCK”
Depois do fracasso de público de todos os grandes festivais do Estado, este ano, gerando grandes prejuízos aos seus produtores, surge uma ponta de esperança, uma luz no fim do túnel.
Pequenos eventos e festivais menores vêm ganhando fôlego e mostrando que locais pequenos com bandas que não estão no mainstream dão mais retorno do que grandes estruturas e “grandes nomes” do rock.
Não culpo organizadores, bandas ou suas estruturas, mas,é curioso ver que festivais como o Burrada Festival e eventos como o 2º Ato, não dão prejuízo, renovam seu público e as bandas participantes ficam mais satisfeitas. Estes dois exemplos citados acima foram sucesso de público e crítica. E não acarretaram prejuízos a seus organizadores.
Então será essa a solução, eventos menores com custos menores? Será que Palmas ainda não comporta grandes eventos de Rock? São vários os questionamentos e poucas respostas. Um fato é sabido, o rock do Estado não tem apoio necessário para existir profissionalmente, o público pagante existente não cobre os custos de um grande evento. Assim, todos grandes festivais ficam fadados ao prejuízo certo se não obtiverem recursos para patrociná-los.
Então... Aí fica minha opinião: Enquanto as entidades privadas e governamentais não apoiarem significativamente os grandes festivais de rock, a solução é fazer pequenos eventos. Não adianta o status de grande festival com apenas 500 pessoas pra assistir um Pato Fu da vida, e o produtor do evento ficar devendo até as cuecas.
Durante o Burrada e o 2º Ato senti novamente orgulho de ser rockeiro, tem dias que vale a penas ir pro “ROCK”. Dias com bandas legais, casa cheia e sem prejuízos.
Por Bento.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
ROCK NA VÉIA (ops... foi mal) NA VEIA
Por Bento
Parece coisa de filme. Um bando de velhinhos decidiu que era hora de rasgar o pijama, quebrar o controle remoto, atear fogo na poltrona, tomar algumas pílulas contra reumatismo e voltar aos palcos da vida para tocar rock n roll. Tudo bem, estou exagerando um pouco, mas na verdade o que conheci dessa galera, é que todos são bem ativos, a primeira impressão é que não se aposentaram da vida. E com essa vitalidade que muito garotão não tem a banda VÉIÉTU fez sua estréia dia 29, terça-feira no Tendencies Music Bar.
Era pra ser só um ensaio aberto, pois a estréia oficial da mais nova banda de Palmas, VÉIÉTU, será quinta-feira, dia 1º de outubro, no Theatro Fernanda Montenegro, às 21h. Bom... Era pra ser um ensaio, mas foi mais que isso, a energia dos velhinhos, unida aos clássicos do rock, muito bem executados, arrepiava quem presenciou o acontecimento.
Teve participações pra lá de inusitadas, como a galera do UMA – Universidade de Melhor Idade, dançando e cantando ao som de Another Brick in The All; Sandro Petrilli cantando Elvis, óóóóóó, Sandro Petrilli? É ele mesmo, apresentador da TV Anhanguera, sim, aquele de topetinho, pira, o cara manda muito bem. Mara Rita subia ao palco, Chico Daher, com seu cello; e o professor de música Diego Britto, no comando de seu contrabaixo acústico. Simplesmente uma noite memorável
Ver essa velharada de rock na veia, botando o terror com clássicos como James Brown, Chuck Berry, Elvis, Eagles e outros é uma aula de rock, uma aula de vida, arrepia e dá exemplo. É isso aí, desejo muito mais anos de vida pra essa banda. E fica esperto, se trombar algum idoso por aí e chamá-lo de véio, porque você pode ouvir bem alto nos ouvidos... VÉIÉTU!
Formação:
À frente da banda, o véi Jota Bulhões (voz e violão), que integrou a banda de Gilberto Gil como violonista e backing vocal. A ele se juntam os coroas Cláudio Caneca (contrabaixo), Sérgio Lisboa (guitarra), Ailton Yabeta (guitarra) e Edson Kojak (bateria).
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Festa no Interior
Por: Bento
Dia 26 último, em Araguaína, a terra do boi gordo, nos fundos de um restaurante intitulado Ciriguelas, cujo proprietário, Dedim, loca seu espaço aos “loucos” produtores locais. Houve o Metal Fight, evento que contaria com apresentações de cinco bandas: Clamor, Prenúncia, Mucosa Anal, H2Y, bandas locais e o Mata-Burro.
Bom, interrompendo a linha cronológica da resenha, devo colocá-los à parte do que é viajar no Tocantins. Nós do Mata-Burro optamos por viajar a Araguaína de transporte alternativo, pois no horário que queríamos viajar não tem linhas disponíveis no transporte intermunicipal de passageiros.
Com um dia de antecedência entramos em contato com a Cooperben, que nos pegaria no Tendencies às 11 horas do dia 26, com previsão de chegada a Araguaína às 17 horas. Após atraso da Van fizemos várias tentativas infrutíferas de contato com o condutor do veículo. Às 14h, já sem esperanças de ir de Van, fomos almoçar. Era hora do plano “b”: ir de busão.
Mesmo a distância entre a Capital e Araquaína ser de 377 km, podendo ser feito em menos de 5 horas de viagem, levamos 7h30 de Transbrasiliana. Essa não é a primeira vez que estes pobres músicos passam por agruras quando dependem de transporte de passageiros no Tocantins. É um descaso.
Voltando ao assunto Evento. “Eu disse, contaria com apresentações de cinco bandas.” A banda Mucosa Anal não tocou, depois abordamos isto. Pelo horário que chegamos não deu para sacar o som do H2Y, segundo rockeiros locais, a apresentação foi muito boa, pecando só pelo excesso de covers. A banda Clamor está mais pesada, eu diria que é umas das bandas mais pesadas do Tocantins, a Prenúncia trilha a mesma estrada do Clamor, um pouco inexperiente, mas chega lá.
Agora “A POLÊMICA”. O público estava que era só expectativas, o show prometia, os membros da banda estavam fantasiados, eufóricos, começaram a montar seu equipamento. É agora (puta broxada), os caras não tocaram, e boa parte do público foi embora sem entender nada. Segundo os Mucosas era boicote por parte da organização, os mucosas traziam uma bandeira com Cristo crucificado com os dizeres: JESUS, REI DOS BASTARDOS, ou coisa parecida. A organização não se manifestou ainda. Eu senti mesmo falta da galera do som na hora do M.A.
Sobre o Mata-Burro... Prefiro falar sobre o público, que nos recebeu calorosamente, as participações que só enalteceram nossa apresentação, a galera que bateu cabeça do começo ao fim. Um abraço a todos. Ah já ia me esquecendo, o som ficou devendo.
Ps.: QUAQUER TIPO DE CENSURA É CONDENÁVEL.
Obs: Quem tiver fotos, favor entrar em contato!
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Resenha Burrada Festival 2009
Atividades Paralelas. Guarde bem isso que vou dizer. Tem sido uma tendência evidente nos Festivais de música independente em todo o país. Elas estão arroladas a programação das bandas que se apresentam como pivô principal destes eventos. Uma ressalva, porém: as Atividades Paralelas parecem funcionar como muletas que sustentam o corpo do andante, ou seja, são inseridas em um Festival quase que sendo apenas para preencher um folder ou tornar aquecido um currículo, no Festival Burrada, contudo, a iniciativa foi louvável, tendo em vista que essas Atividades tiveram seu desfecho satisfatório desde a primeira até a última. Os dois grandes dínamos para que tal feito se evidenciasse foram os organizadores do evento e os representantes convidados das Atividades, considerando o fato de que os organizadores souberam escolher a dedo e os tais valorizaram a oportunidade.
A Atividade Paralela de êxito é aquela que é anunciada e efetivada de acordo com a programação e assim foram vistas: Mostra de Curtas-Metragens Itinerante Miragem, um sucesso de abertura do Festival, visto que o público compareceu em número significante na quinta-feira, não por acaso, os curtas selecionados foram de uma qualidade imensurável. Some-se isto uma amostra de fotografias que retratavam as bandas de rock locais junto a quadros de figuras do cinema, da musica, e ainda, as poesias marginais Letras das Canções criando uma miscelânea visual oportuna ao que ambiente proposto. Um tiro na psique de quem sabe absorver um bom prato de informação quando está diante de um.
Se a amostra de curtas e o desfile de artes foram anfitriões na quinta, a sexta-feira foi o dia de comprovar se valia a pena o empenho. Uma noite denominada Heavens Night, certamente pelo teor das bandas, que em nada significavam menos ou mais e sim convidativa a um público menos headbangers, foi de tal modo contemplativa aos que depositaram seus tostões nas apostas noturnas.
La Cecília, Boddah Diciro, Flip 180, Meros Berros e Vento Azul eram as bandas previstas, sendo que Meros Berros e Vento Azul não se apresentaram, uma lastima, já que seria o vinho que tornaria o cálice mais ébrio, contudo, um susto, do nada e não tão fácil assim de comparecer surge no palco do Tendencies Music Bar a banda de Paraíso do Tocantins – Poetas do Caos. Como um daqueles velhos contos nórdicos, parece que foi enunciada pelo oráculo, pois em nada desmereceu a confiança prestada. Um verdadeiro show autêntico de rock inteligente e criativo foi o que a banda trouxe, pano de fundo apropriado para a banda goiana Johnny Suxxx and Fucking Boys que fechou a casa com o orgasmo elétrico justo para uma noite descentemente apelidada de divina.
Era sábado. Se o Festival tivesse encerrado na sexta em nada teria sido decepcionante, visto tamanha glória alcançada. No entanto, tinha mais. Na tarde que antecedia a palestra O Rock Na Corda Bamba, uma chuva, não, não foi uma chuva para desanimar o público, ao contrário, trouxe acalento, e a palestra, logo em seguida, da mesma forma que as primeiras Atividades Paralelas, consagrou o evento, seguida pela Assessória de Comunicação enfatizada pela Jornalista Selêucia, donde foram dissecadas todas as principais estratégias possíveis que uma banda pode utilizar a seu favor no tocante a marketing. Um detalhe antes que se acabe o dia, o público para a palestra e assessória foram de certa forma estimável e surpreendente.
Seria de fato suficiente se ficasse por aqui, mas não ficou, ainda restava o último dia do Burrada, a noite Hell. Nesta, o previsto era um teor mais enegrecido com HC, BodeCore, Punk e Heavy, porém, dois desfalques: A Baba De Mumm-Rá e Urban Cannibals, nada desanimador, uma vez que a banda Slaved Soul esboçou o Heavy esperado, e por sua vez, a Críticos Loucos tão ansiada pelo público, já que esta retornaria ao palco com nova formação, e que, não decepcionou em nada tendo em vista a velha e boa performance tanto do vocalista quando os demais integrantes novos da banda que já vieram de caminhos experimentados. Fechando a noite, não poderia ser outra banda mais entusiasta para o publico hell do que Just Another Fuck. Ao contrário de muitas que vem de longe e deixam uma ferida irreparável, está provou estar apta para se apresentar em qualquer hora e local. Uma apresentação em que o vocalista convidava incansavelmente o público para a roda, manifestando gana roqueira e condições suficientes para carregar nas costas uma noite em que tiveram que preencher vazios inesperados. E por fim, depois de tanto gozo, a banda Mata Burro. Está estritamente intima do publico tocou o terror a final das contas, com a participação do André Porkão, vocalista da Baba de Murmm-Rá em uma música, decretando assim o final de um grande evento para um público respeitável que está de parabéns pelo comparecimento, desde a mostra de curtas até a deflagração final do Festival.
Olhando espacialmente de cima, é bom registrar algo sumariamente importante, as duas bandas que cruzaram a fronteira do estado (Johnny Suxxx and Fucking Boys e Just Another Fuck) pareciam mesmo ser daqui de tanto que estavam à vontade com as pessoas e com o lugar.
Um Festival digno de um público crescente e digno de uma terceira edição tal qual foi esta segunda. Quanto aos imprevistos, ossos do ofício, afinal, entre o Heavens e o Hell só existe mesmo um pequeno abismo, mas tão imperceptível que fora superado pela grandiosidade do arremate.
Por Rivaldo Souza "O Intolerante"
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Entrevista Johnny Suxxx n the Fucking Boys
01 - Fala ai João, tranquilidade?
Vamos fazer um lance pra galera conhecer melhor o Johnny Suxxx n the Fucking Boys, conta ai quando e como começou a banda?
Temos 4 anos de banda, começamos tocando entre amigos, todos tinham outras bandas e agente juntou pra fazer um som diferente, que acabou se tornando projeto principal de todos da banda.
02 – Se for traduzir o nome da banda o resulta é óbvio e direto, por trás dessa tradução tem alguma história que vale a pena ser contada?
Nem é tão óbvio nem tão direto. A maioria das pessoas traduz errado. Não tem putaria nenhuma por traz (ui ui ui ) desse nome. Simplesmente significa. Johnny de merda e os garotos fodões. Suxxx é o contrario de Rox, e não Suck que é outra coisa.... Agente nem pensou no caráter sexual quando colocou esse nome na banda! É sério!!!
03 – Na vinda de vocês a Palmas no Tendencies Rock Festival eu diria que além do show, rolou umas participações extras bem marcantes, como os “50 metros pelado” no show do Plebe Rude e a participação em uma música, com o refrão, “Assuma que você é um bicha inrustida” do Dead Smurfs. O que está sendo preparado pra esse show no Burrada?
Estamos levando nossa backing vocal. Faltava a sensualidade feminina na banda. E prometo bastante roupa no show, estarei muito bem vestido, podem ficar tranqüilos!!!! Não digo o mesmo da nossa backing vocal! ehehehe
04 – Uma pergunta que não posso deixar de fazer, até porque quero ver o que vocês têm a dizer, o que vocês acham de tocar na Heaven Night (hã?!) do evento?
Como disse eu acho que tocamos na noite certa. Esse negócio de Inferno e Capeta já está muito fora de moda. Estamos vivendo o fim do mundo, as coisas estão cada vez mais apertadas e se você ainda cultiva o “tinhoso” em seu coração é melhor largar logo dele. A onda certa é o amor! Faremos juz ao tocar na Heaven night!!!!
05 – A banda já está a um tempo na ativa, rodando por vários festivais, vários inclusive filiados a ABRAFIN. O que a banda têm de material lançado e quais são os planos até o final desse ano?
Temos um disco lançado totalmente de forma virtual e gratuita. Pode ser baixado completo no nosso perfil da tramavirtual: (www.tramavirtual.com.br/johnny_suxxx ). O disco teve excelente desempenho na internet, inclusive é vendido no exterior através do itunes e emusic. Ficamos um tempo preparando o segundo disco, que está pronto, ufa... Gravamos no Rock Lack em Goiânia e será lançado esse ano ainda. Digo com toda convicção que está muito melhor que o primeiro! Agora agente fica milionário.
06 – No release de vocês fala que o som não passa de cópias de riffs clichês do rock e cara de pau. Qual a fonte mais bebida pelos integrantes?
Na verdade é uma colagem de várias influências diferentes. O nosso guitarrista é muto Hard rock 70 e 80, já eu ouço muito Glam rock dos anos 70 principalemnte. Ouço muito garage rock e punk rock também, por isso sou o lado tosco da banda. Imagina uma banda com guitarras do Ac/Dc , baixo e batera e punk e um vocal dramático e climático. Agente rouba mas dá a nossa cara pro som.
07 – Valeu pela atenção e estamos esperando vocês aqui no Burrada Festival e esse espaço é livre pra falar algo que faltou na entrevista ou mandar um recado pra qualquer pessoa. Abraço Kodó e Coletivo Nausearréia.
Obrigado a todos que tem carinho por agente aí, é uma cidade que temos muitas pessoas e bandas queridas, seria impossível citar todas. Quanto ao show só uma coisa: Palmas jamais será a mesma.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
II To no Underground pelos olhos do Kodó
Era pra eu tocar tanto com o Mata-Burro, quanto com A Baba de Mumm-rá, o que seria foda, porém a profanação da baba ficou pra próxima, por conta de alguns vários problemas, como grana, saúde, trampo... mas mesmo assim teve uma pequena representação com o cover de “Dinamite no Cu do Edir Macedo”, feito pelo MxBx.
Saímos daqui mais ou menos 14 horas, juntamente com o Caio (Trade Rock), esse que iria gravar algumas cenas para o nosso primeiro vídeo clip. A viagem foi tranqüila, com uma parada programada no Km 666, para a filmagem da primeira cena.
Após a gravação seguimos para o local do evento e já encontramos tudo montadinho, inclusive com o som passado (raridade) pela rapaziada do Just, então o que restou foi ir para o hotel tomar aquele banho e dar uma relaxada no buteco mais próximo. Depois de algumas cervejas voltamos para o local do evento umas 21h e já rolava o rock. A banda Discórdia mandava seu Heavy Metal fabricado por Gurupi mesmo, logo depois foi a vez da malokada Mohanna, de Miracema, que manda uma mistura de Punk, grunge e letras engraçadas.
Enquanto isso o público chegava tímido, e a banda local de Black Metal, Andromalius subiu no palco, dando a entender que os presentes gostavam mesmo era do errado rsrs, o agito começou a rolar, e então subimos com intenção de quebrar aquele lugar, e quase isso aconteceu, faltou mais algumas poucas esbarradas nas pilastras. O show foi muita lokura, Gurupi é um lugar que nem é preciso de vocalista a galera conhece quase todas as músicas e rouba sempre que consegue, o microfone para eles. Depois as cenas do show vão fazer parte do vídeo comentado no começo do texto.
Saí do palco destruído e fui para a “Barraquinha de Muambas Nausearréia” de onde vi o show da banda Piratas, que me pareceu ser bastante admirada pelo público local, eles mandam um som bastante influenciado por, Metallica, Motorhead e Matanza.
Depois foi a vez dos goianos do Just Another Fuck subirem e mandar seu grindcore satânico, agora com um novo batera, o baixista Alex mais bêbado, o vocalista Patrick Star menos bêbado e o Henrique daquele jeito que quem conhece sabe. Essa receita redeu um show foda, arrisco dizer o melhor dos que já vi.
Para fechar a noite os organizadores da festa não podiam ficar de fora, sendo assim começa a desgraceira do Nose Blend, que vem melhorando o som a cada show.
-Tão parando de viadagem e mandando o barulho que realmente sabem fazer, né garotões.
Com o final da noite veio o único ponto baixo do evento, os caras fizeram nós ficarmos esperando algumas horas na porta do clube, e isso acabou causando uma inflamação nos ânimos, mas logo que nos levaram pra bater um sanduba no “Ed..alguma coisaBurguer”, a canseira passou e voltamos a ser amigos!
Valeu Thiago e toda galera de Gurupi, valeu pelo show do público e por ter dado a oportunidade de um show foda!
Quem quiser conhecer as bandas que tocaram no evento, encontrará os links em postagens antigas!
Abraços do Kodó!
terça-feira, 1 de setembro de 2009
II BURRADA FESTIVAL, de 17 a 19 de Setembro
domingo, 30 de agosto de 2009
O fim - CRITICOSLOUCOS - E o recomeço!
Pessoalmente tenho um panorama desgraçado demais. CriticosLoucos pra mim foi a banda mais popular, pesada, séria, polêmica e bem sucedida de Palmas-TO, chegando a seu ápice em 2008 com a gravação do CD Coisas do Além, videoclipe e site profissa, e trocentos shows. Digo que foi, mas com um gosto amargo na boca e esperando que volte mais fudida que nunca sob a batuta de Alan.
Muita polêmica e especulação gira em torno do fim desse ciclo, muito se fala de conflitos ideológicos, de sair pra não haver brigas, que o Críticos é maior que tudo, saída amigável... Mas a única coisa certa é que eles tiveram uma reunião a 4 paredes e porta trancada com segurança do lado de fora, e o que aconteceu lá só eles sabem. E pra nós somente a noticia da reforma da cozinha. Mas o que os fãs querem saber mesmo é porque que rolou essa bagaça, qual foi a ultima gota mas ao que me parece nunca saberemos. Esperamos que todos continuem amigos.
O certo mesmo é que eles fizeram um show de despedida em Miracema do Tocantins no 6º Agosto de Rock, o show que foi resumido a uma JAM de 4 musicas pelo que soube foi PANCADA. O Play esclareceu melhor:
"-E ai Galera.. blz!! então.. esclarecendo pra vc e mais pessoas...o festival foi paralisado por alguns minutos.. bem na hora do nosso show..já havíamos tocado umas 2 musicas... onde a direção do evento.. na pessoa de Cassio, nos chamou.. nos informou.. q a PM estava no local.. para tomar os procedimentos cabíveis... pelo fato do horário da licença estar estourado... ate as 3 da matina... já era umas 3:15.. onde foi passado para reduzirmos as musicas de 8 das q faltavam.. para 2.. rs...e assim termina mais uma historinha dos CL.. prejudicados por horários mais uma vez!!!mas.. fica os agradecimentos a organização do evento... a todos q compareceram.. as 4 musicas q tocamos.. q teve saldo muito bom... vários com hematomas... kkkkkkkkkkkkkkkkkaos nossos amigos q se disponibilizaram.. a estar la.. curtindo.. o pequenininininhooo show de encerramento de uma geração dos CLGALERA DO TENDENCIES - PMW ROCK - ZOE METAL - 96 ROCK - JORNAL TOCANTINS - TRADE ROCK - BANDAS - AGOSTO DE ROCK e todos de miracityrock".
Mais certo ainda é que Alan não perdeu tempo e já escalou os móveis pra sua nova cozinha e já estão todos em estúdio ensaiando pra gravar um novo CD que em exclusiva à Rádio 96 Rock, o vocalista disse até qual será o nome do cd intitulado "FÚRIA INIMIGA". E os novos integrantes são Juan no baixo, Renato Francês na batera e Igor na guitarra que juntos com o Alan assumem a responsabilidade de dar continuidade a esse glorioso trabalho, ou iniciar um novo ciclo que é no que a maioria acredita. Esperamos ansiosos e desejamos boa sorte na nova empreitada, tanto pro CL quanto para os novos projetos dos ex integrantes, cujos quais todos nós sabemos da competência.
Sucesso ao CL.
http://www.4shared.com/file/81209558/61cfc269/Crticos_Loucos.html
Por Remo Daris
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
MIRAROCK, o 6º Agosto de Rock (Resenha)
Nosso parceiro e também produtor palmense Gustavo Andrade deu um rolê por lá e conferiu a bagaça e nos presenteou com esse texto nos contando como foi. Confira:
MiraRock
Sábado de um sol “dus inferno”, típico dia de verão tocantinense, me desloco a fim de prestigiar o 6º Agosto de Rock. O alvo desta vez é Miracema, a 1º Capital do Tocantins. O município, que tem características típicas de uma cidade de interior, é acolhedor e tem uma peculiaridade que chama a atenção dos visitantes. Todos os estabelecimentos começam com MIRA, MiraBar, MiraHotel, MiraGames, MiraPizza, MiraRolos, MiraGroupies e MiraEtc!
No local do show, muito bem localizado por sinal, denominado Miracema Eventos, foi possível perceber que a produção do Agosto de Rock deu uma grande atenção à estrutura, com seguranças, uma área ampla para o público transitar, um bar com cerveja, drinks e um whiskey, esse por sinal falsificado (ressaca sem fim); e o principal, um palco pequeno, mas bem equipado, onde o público tinha total acesso às bandas.
Devido ao horário que cheguei, perdi os três primeiros shows das bandas Scarseys e Mohanna, ambas de MiraCity, e praZion, de Palmas. Quando entrei, a banda Fragor, do Pará, com seu bem tocado Brith Pop, estava no palco dando as boas vindas. Confesso que fiquei assustado com o nível da banda, pensei: “Porra, se esta banda for de Miracema, o negócio aqui vai ser feroz, hoje!”.
Dando continuidade, foi a vez da banda local Meros Berros se apresentar no palco do Agosto de Rock com o seu habitual Punk Rock. A meu ver, a banda precisa, urgentemente, de um “norte” em relação à mixagem de seus instrumentos. Depois tivemos a banda Discórdia, de Gurupi, com a vontade imensa de tocar um Heavy Metal tradicional, no entanto, na minha opinião, é necessário que coloquem uma pessoa para cantar, assim aliviaria os trabalhos para o guitarrista. Outra sugestão seria colocar um baterista com pretensões metalísticas, digamos assim.
Passado o “metchal”, foi a vez de uma banda, até então “nova” para meus ouvidos, Poetas do Caos, de Paraíso. Um banda que bebe nos legítimo Rock n’ Roll dos anos 80, em uma fonte inesgotável chamada Camisa de Vênus, banda do meu companheiro de Rock Marcelo Nova. Confesso, que senti o guitarrista um tanto quanto acima da média da banda.
Eis que chega o momento mais aguardado da noite pra mim, o derradeiro show do Críticos Loucos com esta formação. Para mim, a banda representa muito, já que a história dela está ligada diretamente com a do festival que sou sócio, o PMW Rock Festival, realizado em Palmas, desde 2005. A expectativa para este ultimo show da formação era grande, mas infelizmente a banda só tocou quatro músicas, ou seja, quando a roda começou a rodar, a Polícia, veio e acabou com festa, pena!
Por fim, restou a banda de Campo Largo (PR), Idiotas Berrantes, encerrar a noite. A banda não me convenceu com seu Punk Brega muito mal executado. Para mim, eles se preocupam muito mais com a aparência do que com o som.
O saldo do festival foi bastante positivo levando em conta que Miracema é uma cidade bastante pequena e de tradições agropecuárias. Vejo que a produção precisa descobrir qual é a “real” da cidade, em relação ao movimento “Rock”. Aqui, fica a deixa para quem gosta de rock e quer vê-lo vivo em Miracema: “Vamos viver intensamente o movimento com direito a todos os seus excessos!”. Para mim, a melhor saída, na verdade, seria levar o Agosto de Rock para Palmas, onde ele seria contemplado com tudo que merece.
Gustavo Andrade
http://www.myspace.com/pmwrockfestival
http://www.abrafin.org
Fotos no profile oficial do Agosto de Rock no orkut.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
METAL FIGHT (Araguaina-TO)
PRENUNCIA http://www.mypace.com/prenuncia
CLAMOR http://www.myspace.com/bandaclamor
MUCOSA ANAL http://www.myspace.com/mucosaanal
NOUSET http://www.myspace.com/nouset
H2Y http://www.bandah2y.blogspot.com
[Programação] TO no Underground Rock Festival
Dia: 05/setembro
Local: Instituto Juarez Moreira, Gurupi-TO
Horário: 19h00
Show com as bandas:
A Baba de Mumm-Rá [Palmas - TO]
http://www.myspace.com/profanobodecore
Andromalius [Gurupi - TO]
http://www.myspace.com/andromaliushorde
Discórdia [Gurupi - TO]
http://www.myspace.com/discordiaheavy
Just Another Fuck [Goiânia - GO]
http://www.myspace.com/satanicterrorcore
Mata-Burro [Palmas - TO]
http://www.myspace.com/mataburrooficial
Mohanna Morfina [Miracema - TO]
Banda indicada pelo festival parceiro Agosto de Rock!!!
Nose Blend [Gurupi - TO]
http://www.myspace.com/noseblend
The Stoned Hotel [Goiânia - GO]
http://www.myspace.com/thestonedhotel
e mais: Exibição de Filmes e Documentários, Palestras e Debates sobre a música independente!
Participe da nossa comunidade: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=33290047
Mais informações: Thiago Mignie dead_nomad_hc@hotmail.com
ou no blog http://tonounderground.blogspot.com/
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
NAUSEARRÉIA FESTIVAL (Resenha)
A proposta ousadissima de Ithalo Henrique (Kid Kodó) de realizar o Nausearréia Festival numa Matinê de domingo à tarde, no mesmo horário do futebol ou do ócio televisivo de cada dia até na minha opinião queimou a lingua, pois eu diria que não daria certo, maaaaas...
Bem resumidamente a parada foi a seguinte, houve um furo na programação com o cancelamento do Enxofre-PI e a tarde ficou por conta de Andromalius e Mata-Burro, e quando a gente esperava que as bandas iriam tocar uma para a outra, colou uma galera de 85 +ou- pagantes fora os penetra que de publico somou cento e pouco e pra contrariar as previsões pessimistas desse humilde e fajuto vidente de merda, a festa nos finalmente foi do caralho.
Andromalius subiu no palco como quem vai passar som e já mandou seu True Black Metal de 2 Riffs e, estranhamente, num era que o troço era bão! os gurupienses fizeram uma boa apresentação, com cara pintada e tudo. Só pecou quando tentaram fazer um cover de Immortal e o trem desandou pra cacete, uma pena, mas como 'quase' ninguem que tava ali conhecia Immortal. Senti falta de duas coisas somente: Aquele carisma crááássico de bandas de Black Metal e também esperava uma qualidade tecnica maior, mas na sumula eu coloco que foi uma boa jam. Parabéns pela estréia em Palmas.
O Mata-Burro, que todo mundo conhece e esperava por mais uma apresentação conceitual, fez uma apresentação digna de guardar na memória como um dos melhores shows da história da banda. Quando a podrera começou quem tava longe chegou perto e a garagem do Tendencies Music Bar onde o Porkão guarda sua caranga não ficou pequena, virou um ringue quando a cabeçada fez a roda. Foram mais ou menos 1 hora de musicas novas e algumas velhas mas queridas dos fãs. Cada dia que passa a gente intende que o que faz uma banda surpreender é a experiencia e o trabalho e isso eles tem. Destaque para um cover fudido de Hard Times do Cro-Mags e Dinamite da Baba de Mumm-Rá.
Há de se registrar nota do lançamento do selo e distro Nausearréia Regords.
Ficha Tecnica:
Nausearréia Festival, Domingo 23/08 16 Hrs, entrada R$ 3,00, local Garagem do Tendencies, Palmas-TO. Bandas: Andromalius (Gurupi-TO) e Mata-Burro (Palmas-TO).
Remo Augusto
sábado, 22 de agosto de 2009
ANDROMALIUS no Nausearréia Festival
Em breve entrevista ao Nausearréia Zine, Tot Inferno, vocal e lider nos conta um pouco mais sobre a banda. Confira:
Entrevista Andromalius
01- Fala ai lokura, pra começar a entrevista fala ai pra galera como começou a Andromalius. Quem começou na banda e quem faz parte dela hoje?
Tot Inferno: Bom , o Andromalius surgiu primeiramente com o nome Human Sacrificy, que mas tarde vimos que não tinha nada haver com a banda, no começo era apenas um projeto musical, onde Jester e Laucelont me chamaram para assim cantar na banda. Após uma temporada, muda novamente o nome para Crematory, o que não foi satisfatório para todos os membros e mais uma vez muda, definitivamente para Andromalius. A banda começou com, Tot Inferno, Jester e Laucelount, estávamos sem baixista, então agora temos um baixista que ingressou na banda, Wanderson.
02- Qual o significado do nome e de onde foi tirado?
Tot Inferno:Andromalius foi retirado de um livro chamado goetia, o livro dos espíritos infernais, Andromalius é um conde , grande e poderoso , aparecendo na forma de um homem que prende uma serpente grande em sua mão. Sua tarefa consiste em trazer os ladrões de volta, assim como o produto dos furtos que este executou; assim como descobrir todos os indivíduos violentos e traidores e puni-los e descobrir os tesouros ocultos. Ele governa 36 legiões dos espíritos.
03- Quais são as principais influências da banda?
Tot Inferno:As principais Influencias da banda são, Depressive Black metal e Raw Black metal, cito bandas como, Nocturnal depression, Immortal, Bathory.
04- Imagino que vocês acompanhem um pouco da cena de Palmas, pelo menos pela Internet. Vocês como uma banda do interior (Gurupi), o que acham que mais difere nas duas realidades?
Tot Inferno: Bom eu acho que embora Gurupi e Palmas a realidade é a mesma, se tratando de metal, bastante fraquíssima, mas está crescendo aos poucos, e torcemos que cresça cada vez mais. Eu acho que as duas não diferem em hipótese alguma.
05- A banda estará tocando pela primeira vez em Palmas, durante o Nausearréia Festival, qual a expectativa da banda para o show?
Tot Inferno: Nossa expectativa é positiva, estamos esperando que esse festival seja ótimo, pois não vai ser bom somente para nós, mas para todos que forem. Agradecemos a chance de poder tocar ai em palmas pela primeira vez.
06- Fiquei sabendo que a banda está com umas músicas gravadas, só não disponibilizou ainda porque recebeu a proposta de um selo. Como andam esses lados? Qual foi o selo e quando vai sair esse material?
Tot Inferno: Sim arrumamos um selo e já temos musicas gravadas, as novas, mas vou posta-las no myspace brevemente, o selo é Debellatrix Praelium Productions & Distribution, o material não sairá em breve, mas estamos contando com eles.
07- A banda tem algumas influências diferentes do black metal? Tipo o Darkthrone em seus últimos dois álbuns vem assumindo uma sonoridade e uma postura bem punk. Vocês possuem esse tipo de influência, quais?
Tot Inferno: Bom quem cuida das composições é o Jester, e o Laucelont do instrumental, por enquanto não temos influencia fora do Black metal .
08- Quais são os planos da banda pra esse segundo semestre, tem alguns convites pra tocar em alguns lugares, lançamento de material, coletânea?
Tot Inferno: Nosso plano é outro álbum, que estamos querendo lançar, já estamos trabalhando em novas musicas. Temos algums convite para tocar no To no Underground organizado pelo Thiago (Nose Blend), o Metal Night organizado pelo Rafa Hell.e o seu claro.
09- Como fâs de black metal o que vocês acharam dos últimos comentários feitos sobre o Gaahl (Gorgoroth) e as mensagens enviadas a ele, em entrevistas, pelo Infernus ex-companheiro de banda?
Tot Inferno: Olha , nós não somos ligados muito ao Gorgoroth por tanto não sabemos muito o que está rolando entre eles, bem preferível que continue assim, esse povo arrranja brigas demais rsrs.
10- Queria agradecer a disponibilidade de vocês e esse último espaço pode ser aproveitado pra mandar um recado pra quem ta lendo o blog e pra quem planeja ir no show! Valeu até domingo!
Tot Inferno:Conto com a presença de todos que curtem um bom Metal, hardcore, rock e suas vertentes valeu !
Por Ithalo Henrique
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Nausearréia Festival
Fala ai roqueirada, vai rolar nesse domigão de sol e calor de Palmito City, o primeiro Nausearréia Festival, com as bandas Mata-Burro e Andromalius (black metal de Gurupi), por apenas 3 pilas, na garagem do Tendencies.
Festa para a piãozada que gosta de barulho e curtição, começando às 16 horas, a intenção é juntar todos que gostam de som sujo e pesado, seja punk, headbanger, thrasher, hardcore ou qualquer outro desses rótulos.
Essa primeira edição será marcada pelo lançamento da primeira distribuidora de cds do TO, também chamada de Nausearréia Records, que durante a festa estará com uma promoção especial em CDs.
Além de tudo isso, vai rolar no telão uma seleção de clipes, com o melhor do som porrada e muita cerva gelada por um preço bacana.
E mesmo assim você vai ficar em casa vendo o Domingão do Faustão?
Nausearréia Festival
Com as bandas Mata-Burro e Andromalius
Dia 23 de agosto (Domingo)
Às 16 horas
Na Garagem do Tendencies Bar (Na garagem mesmo)
Por apenas 3R$ (três realzim)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Tendencies Music Bar apresentcha.... a crássica, a incunfundible, a histórica e agora com reggae: La Retro
Sábado dia 15 de agosto, apartir das 22:30h, por dez pilas. Quem quiser vai poder dançar os hits de Michael Jackson, James Brown, Falcão..., vendo os vídeos dos Super Amigos, Cobrinha Azul, Spectreman... e tomando aquela cerva gelada, no Tendencies Music Bar. Além disso vai ter atração também para o público reggae com a banda La Cecília!
A Retro nasceu com o intuito de colocar geral pra se animar com os clássicos do passado, sem a pretensão de virar uma festa de nome na cidade, porém isso aconteceu depois do sucesso de sua primeira edição.
Fica ai a opção para se divertir esse final de semana!
Abraços, Kodó!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Vuadeira no Tímpano Parte III
Fala rapaziada, peço desculpas por não atualizar nos prazos prometidos, é que foi “um corre só” em Brasília.
Então como tinha falado, a batera foi quase 100% gravada naquele dia, mas ainda ficaram algumas músicas para a manhã seguinte. Na mesma manhã de sábado o Carniça (guitarra) chegou em Brasília, e a parada apertou ainda mais, porque ele só tinha aquele dia pra gravar, ele teria que voltar para Palmas no domingo.
Sem grilo, os muleques das guitarras são rapazes bonitos e agilizados, o que fez o trabalho sair dentro do prazo. No domingo a batera e as guitarras já soavam bem aos ouvidos. Sendo assim eu, Bento e Tubarão, decidimos nos divertir um pouco, deixamos o Japa e o Carniça no busão seguindo pra Rodoviária, e quebramos um caminho para o Círculo Operário do Cruzeiro, onde rolaria uma festança descolada para gente bonita, “O Mistério de Madalena Viúva”, organizado pela galera do Caga Sangue Thrash. Festa massa, onde rolou as bandas Dr. Living Dead(Suécia), Violator, Low Life e Ameaça Cigana, mostrando na real que a rapaziada do som pesado tem que se unir, Headbangers, Hardcores, Punks, Thrashers... todo mundo junto dançando ao som da música rápida.
No dia seguinte (segunda-feira) decidimos fazer uns testes no vocal, mas não deram muito certo. Então depois de um pouco de tempo perdido, partimos para timbrar o baixo, uma hora bem legal, já que Phú também é baixista e mostrou uns timbres satânicos que talvez rolem cd.
Bento tomou como exemplo os dois Thiagos e também agilizou o baixo rapidinho e no final da segunda-feira já estava tudo nos trinks, deixando pro final apenas os vocais. A parte ruim (pelo menos pra mim) veio agora, após cantarolar várias vezes, alguns vocais não estavam chegando a um nível satisfatório. A minha voz é uma merda, juntando com o frio de Brasília, a poeira das almofadas, as pinga do Caga Sangue, não saiu nada que preste. Mas esse pequeno atraso não adiara o cd, espero voltar lá logo que conseguir uma grana e já mandar ver nos vocais.
Breve vídeos, fotos e etc.
Valeu Galera, obrigado a todos que apóiam a cena de alguma forma!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Vuadeira no Tímpano
Fala ai lokuras, tranquilidade?
Round II - Fight
Continuando a luta de podreiras vou passar algumas infos sobre a gravação do Mata-Burro em Brasília.
Depois de tocarmos no TOME, e tirar grandes inspirações do Strike Máster, parte da banda veio pra Braza City, eu por culpa do trampo só pude vim na terça-feira o que me fez ter dias ansiosos ai em Palmas.
Quando cheguei aqui na quarta pela fiquei mais ou menos umas 2 horas na Rodo, esperando os outros “fidiquenga” passar lá pra me buscar, e só depois disso cheguei na casa do Phú (baixista do Macakongs 2099), que está por conta de produzir esse trampo.
O tempo aqui está bem corrido, mas acho que hoje conseguimos acabar de gravar as bateras (Japa), e já testamos algumas timbragens de baixo. Se correr tudo bem, amanhã estaremos com metade do serviço feito, ai poderemos curtir um pouco mais, não estamos mais agüentando fica nessa parada o dia todo!
Vou tentar ficar atualizando sempre com vídeos, fiquem de olho e um grande abraço do Kodó!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
TOME 2009
I Noite
Nos dias 17 e 18 de julho o Tendencies Music Bar reabriu suas portas para a alegria da roqueiragem, e diga-se de passagem reabriu marcando presença com o Tocantins Musica Expressa.
O festival aconteceu naqueles moldes já conhecidos de uns tempos pra cá, a primeira noite foi uma coisa mais light, com intuito de atrair o maior público possível. A noite teve como primeira atração a banda Engenho Novo (MPB Nova Geração algumas vezes comédia), um show bem redondo com direito a participação especial do defundo Michael. Esse show marcou a despedida do baixista Alex, que irá estudar musica em SP, e a pedido do mesmo a banda tocou todo o seu repertório, bem grande por sinal. A banda pode ter se prejudicado exatamente por isso, o show começou bem animado, mas aos poucos o publico foi morrendo.
A segunda banda a subir no palco foi La Cecília, uma das bandas mais profissa do estado. O som pra quem vem acompanhando a algum tempo tem mostrado muita evolução, a rapaziada ta conseguindo misturar bem vários eixos da musica negra, reggae com ska, dub com rock, blues e por ai vai. A banda conseguiu dominar o público durante todo o show com a boa sonoridade e letras fortes.
Para fechar a primeira noite sobe no palco o Móveis Colônias de Acaju, que mais parecia um exercito de pessoas, gente pra carai em cima do palco, e foi só começar a tocar que a alegria contagiou todo mundo. Era pulo pra cá, grito pra lá... a banda fez o show em cima do seu novo cd, apesar de tocar suas músicas mais conhecidas do cd passado. Como as pessoas não sabiam grande parte das letras o jeito foi bater palma e dançar bastante ao ritmo do ska.
Esse show não deixou nada a desejar do outro show que fizeram no Pmw Rock Festival, assim como o passado esse foi festança das boas, pena que o Tendencies se tornou pequeno na hora da famosa rodinha. A apresentação foi uma das mais bonitas que já vi em território Palmitoense e isso se deve bastante a interação público/banda, espero ver mais coisa do tipo por aqui!
II Noite
Vamos agora para a segunda noite, essa eu estava realmente esperando destruição, tanto que me animei precocemente e comecei a tomar umas cervas ainda na parte da tarde, logo depois do ensaio da minha banda rsrs.
Fui para o Tendencies ainda não era nem 19h e fiquei vendo a passagem de som e trocando idéia com a mulecada loka do México, que falavam um português meio escroto.
Quando vi o Colonel KMU (guitarra, vocal/Strike Master), mandando ver aqueles riffs fudidamente rápidos, típicos do thrash anos 80 americano, quase mijei nas calças de emoção. Continuei a beber por ali só analisando os muleque tocar.
Não lembro exatamente a que horas, mas já tinha uma galerinha na porta do evento, quando subi no palco com a banda Mata-Burro, já que tivemos uns problemas técnicos com A Baba de Mumm-rá. A primeira música foi feita de última hora, uma mistura da nossa música instrumental “Across the Lago” com a “Introbabação”, que carinhosamente apelidamos de “Across the Baba”. Essa foi uma surpresinha do show, e depois o repertório seguiu com as novas músicas que estão sendo gravadas a partir de hoje em Brasília, com produção do baixista do Macakongs, Phú do Two, aguardem mais novidades.
Vamos para a próxima banda, eu me surpreendi e muito com a banda Omen, uns coroa muito loko, mandando um heavy metal tradicional, porém com uma postura bem insana extraída do punk. O guitarrista Kenny Powell, único da formação original, me deixou de queixo caído, o veio tava bebaso e mandou ver muito. O baixista Scott também era animal, tocava muito e era bem gente fina. Os dois principalmente dominaram o público durante todo o show.
Na minha opnião o terceiro e mais esperado show, o Strike Master sobe no palco e os muleque mandaram ver aquele som que comentei ainda sobre a passagem, só que agora pra valer.O porradaria comia solta na batera e as palhetadas iam mil com o Power trio. O público já meio loko, bateu cabeça, rodou no circle pit e teve até quem arriscasse uns mosh!
Eu fico por aqui.
Abraços, Kodó!
Fiquem agora com o cometário do grande Jaimera!
“Putz! Perderam um showzaço! Strike Master É DO CARALHO!!!
Os burritos abriram a zoeira, com novo baterista, e um show nos cascos! (afinal, segunda a cambada estará gravando o novo CD deles em Brasília, com produção do phú) A mistura hardcore, metal da banda está mais madura, e isso garantiu um showzaço, com direito a cover do Cro-mags (Hard Times), o segundo melhor da noite.
A segunda banda da noite foi a Omen. tinha um tanto de metaleiros que foi só para ve-los, e eles mandaram o metal... bem datado por sinal. O guitarrista é um figura! bem animado, já meio xapado, mas o show não me convenceu, por mais que eles se esforçassem para isso. Pelo tempo e experiência da banda esperava algo mais marcante, mas fui encontrar isso no Show do Strikemaster, e que showzaço!!!! 3 moleques com sangue nos olhos!!! Tocando o thrash metal do cão! Um vocalista/guitarrista seguidor da escola Chuck Schuldiner/Dave Mustaine de tocar(muito por sinal) e cantar, um batera vigoroso e rápido, e um baixista carismatico fizeram Palmas tremer nesta noite. Tocaram só musicas própria, e botaram a galera para rodar. Som de primeira linha mesmo, no final fiquei com muita vontade de comprar o CD deles, e até de pegar autografos, mas os caras estavam sem material de divulgação!!!!! Amadorismo não é só no Brasil.”
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Vuadeira no tímpano – parte 1
Rapaziada o Nausearréia Zine Blog passou um tempo estagnado, digamos que de “folga” e pra quem usava esse site para manter-se informado sobre a cena roqueira, deve ter sido um pouco chato. Como um dos idealizadores peço desculpa a vocês e os convido para que retornem suas ótimas leituras.
Um abraço do Kodó!
Vuadeira no tímpano – parte 1
Round I Goooooo!
Para reativar o blog escolhi escrever sobre a evolução das bandas de “som porrada” no Tocantins, tendencioso pra caralho né? “Foda-se”. O nausearréia surgiu mesmo com esse intuito, o nome seboso assim foi uma inspiração vinda do estilo de som que gostamos. Então porque mudar?
Pra começar que tal um pouco de Mucosa Anal, banda oriunda de Araguaína, que toca um grindcore, reto, puro, rápido, agressivo... sem medo de ser feliz.
A desgracera completou dois anos de existência e além shows na sua cidade natal, a banda também teve boas passagens pela capital Tocantinense. Nesse ano a banda lançou a sua primeira demo, com um título meio confuso “Dejetos da Sociedade” ou “DejeCtos da Sociedade”, que conta com 18 sons, entre eles alguns hit's como “Faca no cu do Bush”, “Felá da EGUA”, “Grindcore de Jesus” e “Adolf Lutero”, além da faixa título do álbum, “Dejetos da Sociedade”. Apartir dessa demo também saiu um 3 way com as bandas Cafénoise e Corpse gory.
Até esses lançamentos a banda era um power trio, sem baixo, só vocal, guitarra e bateria, mas agora o batera Dimozani se revoltou com os acordes desafinados do ex-guitarrista Sarará e assumiu a guitarra, chutando o seu antigo tocador para o baixo e convocando Vinicios para a batera. Como o Kaik é o único retardado suficiente ele continua no seu posto de “gritista”.
Para quem quiser conhecer mais sobre a banda, trocar idéias com os músicos (profissionais), paquerar, o que for. Ai vai o myspace: www.myspace.com/mucosaanal
Para quem está procurando um boa trilha sonora para namorar ai vai o link do 3 way:
www.mediafire.com/?
É isso galera, por hoje é só, lembrem-se que logo mais começa o TOME, que traz como principais atrações a banda brasiliense de Ska, Móveis Coloniais de Acajú, na sexta e as bandas Omen – Heavy Tradicional, diretamente da terra do Tio San e Strike Master – Thrash Metal 80 dos bom, diretamente do México, na noite de sábado!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Tendencies Rock Festival – 23/04 - Noite de surpresas e muita energia positiva
Pela tarde, a movimentação na loja do Tendencies era intensa, e o organizador do evento, Porkão, não ficava muito tempo por lá porque estava sempre na correria para acertar os últimos detalhes e problemas, como a surpresa que o ECAD (órgão defensor de direitos autorais) fez para o festival (falarei disso em um próximo post). Foi muita gente trabalhando para que o evento acontecesse sem imprevistos, mas talvez só os mais esperançosos confiavam que o público poderia surpreender positivamente e garantir boa presença em uma noite de quinta-feira com atrações pouco conhecidas.
Desde o início da tarde, os tatuadores goianos Murilo Freitas e Adrien Dorme já deram início a programação do festival com a exposição de tatuagens feitas ali na hora mesmo, e isso se estendeu até pouco mais de 22hs, o que entreteve o público, já que o festival que estava marcado para começar às 21hs atrasou em quase duas horas, tradição de um público palmense mal-acostumado com cumprimento de horários. A única baixa da primeira noite foi a ausência de Pablo Capilé, nome forte da ABRAFIN e Espaço Cubo, que ministraria uma palestra aberta sobre mercado independente.
Vindos de Miracema, cidade vizinha a Palmas, os simpáticos veteranos da banda revelação de 2008, o Meros-Berros subiu no palco consciente de que as pessoas que ali estavam, tinham tempo e disposição suficiente para dar a atenção merecida a banda, coisa difícil de acontecer quando se divide palco com mais de cinco bandas. Sendo assim, eles fizeram um dos melhores shows até agora na curta carreira da banda, e mandaram bem com um punk rock bem feito e de cantar junto com vários backing vôoooocals nos refrões das músicas. Poucas bandas tocantinenses tem público que cante suas músicas ao vivo, o Meros-Berros tem potencial pra isso, basta dar uma divulgada nas letras pra galera, e isso vira questão de tempo. Os riffs indie da guitarra de Cássio aliado a poesia das músicas também chamaram a atenção deste que foi um excelente show melódico.
O Vento Azul tem história no Tocantins de dez anos atrás, mas ainda está no princípio de sua reconfiguração após muito tempo inativo. Contextualizando: no fim da década de 90, o Vento Azul que tem uma proposta ideológica de rock ecológico, obteve um patrocínio de 50 mil reais da empresa Investco para a gravação do cd Araguaia com o produtor do Legião Urbana, na época. Em novembro do ano passado, a banda voltou para uma apresentação a convite do Criticolouco Daniel Canoli, e fez sucesso. Da formação original, somente o baixista/vocalista Adriano Herman, que convidou o baterista Pedro e o guitarrista Rafael. Por ser uma banda que fala sobre fé entre uma música e outra, há muito preconceito por parte do público. Mas durante o show no Tendencies, aos poucos a banda dobrou a língua do pessoal mostrando o domínio que eles tem quando o assunto é blues, folk e rock n roll. A banda tem pinta de banda grande! Não fica devendo em nenhum aspecto para as bandas de fora.
Com status de terem tocado em Las Vegas (EUA) duas semanas antes do festival, e o som composto pela base do rockabilly aliado ao piano elétrico na linha de Jerry Lee Lewis, o Alex Valenzi & The Hideaway Cats era a banda mais esperada da primeira noite. O grupo, que conta com dois Crazy Legs em sua formação, Caio Durazzo (guitar) e McCoy (bateria e J. Cash vocal cover), já causava impacto só de circular pelo bar com o visual anos 50, mas onde não poderiam deixar de causar impacto mesmo era no palco. O show começou, e sem precisar de aviso, um público de aproximadamente 400 pessoas voltou no tempo e dançou sem parar. A banda, que além de muito boa era muito simpática, teve o público na mão o tempo todo. Gaspar (IRA!), que substituiria o baixista oficial Leandro Negri, não pôde acompanhar a banda devido a problemas com a empresa TAM que não liberou o transporte do contrabaixo. Alex Valenzi compensou a ausência do peso do contrabaixo com o uso das notas mais graves do piano, e McCoy comandou um “Foda-se a TAM” no meio do show para a galera bradar. O repertório mesclava muitos covers e algumas músicas pertencentes ao cd No Different Than You, com direito até a baladas sensuais. E da metade para o final do show, os músicos passaram a brincar ainda mais no palco, com o despretensioso revezamento de instrumentos e o assustador número do piano de 2 mil reais tocado na vertical! Thiago Play, que era assistente de palco, não via a hora de se jogar para que o piano não caísse. Nem precisou. Era tanta energia positiva, que mesmo cansados, o público não se entregava. Enquanto eles não resolvessem encerrar o show, todo mundo continuaria improvisando seus passinhos e suando litros. No fim, fica a impressão que jamais veremos outro espetáculo parecido aqui em Palmas. Mas segundo o Alex Valenzi, eles ainda voltarão outras vezes!
Para completar a festa, por volta das 3h subiu no palco o figuraça DJ Lucho, que não se considera músico, mas manja muito bem de música brasileira antiga misturada a rock n roll retrô e comandou o fim da surpreendente primeira noite do Tendencies Rock Festival.
Fotos: Emerson Silva
Por Daniel Bauducco
quarta-feira, 22 de abril de 2009
6° Tendencies Rock Festival: Entrevista com Nenhum de Nós (RS)
O grupo que começou em Porto Alegre (RS) no ano de 1986 com o trio Thedy Corrêa (baixo e voz), Carlos Stein (guitarra) e Sady Homrich (bateria) virou quarteto em 1992 com a entrada de Veco Marques (guitarra e violão), e completou o quinteto em 1996 para enriquecer o som produzido através de João Vicenti (acordeom, teclados e vocais). A partir daí, jamais alterou qualquer integrante. Após um estrondoso sucesso nos anos 80 tendo a música Camila, Camila como a mais tocada no verão de 1986/1987, além do hit Astronauta de Mármore, a banda continua em atividade e está próxima de completar 23 anos de carreira, sem deixar de lançar discos cada vez melhores pela experiência obtida.
Com vocês, a entrevista com Thedy Corrêa, vocalista do Nenhum de Nós.
Nausearréia: O Nenhum de Nós foi formado logo após a saída do guitarrista Carlos Stein do Engenheiros do Hawaii. Na época, quais foram as vantagens e desvantagens de começar a banda com um ex-Engenheiros na formação?
Thedy Corrêa: Ele já tinha uma guitarra! Fora isso, nenhuma vantagem, pois acho que o Carlos nunca teve uma cabeça de EngHaw. Tanto que a música do Nenhum é bem diferente da dos Engenheiros.
Nausearréia: Após 22 anos de banda, a única mudança na formação foi a entrada de dois novos integrantes que se somaram ao trio original. Qual o segredo da banda para manter a mesma formação após tantos anos de convivência?
Thedy Corrêa: Não existe um “segredo”. Respeito, amizade e amor pelo que fazemos nos mantém juntos e na atividade.
Nausearréia: O Nenhum de Nós já fez versões bem sucedidas de músicas como Astronauta de Mármore (Starman, do David Bowie) e Eu e você sempre (Jorge Aragão). Vocês pensam em lançar um álbum só de versões?
Thedy Corrêa: Temos uma faceta de intérpretes que muito nos agrada. Recriar canções, dar uma leitura particular e de relevância artística é um desafio. Talvez ainda façamos, sim, um disco de intérprete.
Nausearréia: Algumas bandas oitentistas ainda vivem do passado. O Nenhum de Nós lançou em 2005 um excelente disco (Pequeno Universo), mesmo assim, nenhuma música jamais alcançou tanto sucesso como Camila, Camila e Astronauta de Mármore. Em sua opinião, qual a razão disso acontecer?
Thedy Corrêa: Assim como não existe uma boa explicação para se obter o sucesso, é difícil encontrar um diagnóstico preciso para os sucessos que não aconteceram. Creio que em uma escala menor – público mais do rock – conseguimos canções com tanto sucesso quanto estas. Paz e Amor, Você vai lembrar de mim, Vou deixar que você se vá e Julho de 83 são um bom exemplo disso.
Nausearréia: Qual disco você acha que deveria ter sido recebido com mais atenção/carinho e qual música você mais se orgulha de ter feito e gostaria que tivesse virado sucesso?
Thedy Corrêa: São dois: Paz e Amor e Histórias Reais Seres Imaginários
Nausearréia: Camila, Camila é uma canção que defende os direitos das mulheres. Quais são as principais causas sociais defendidas pela banda? Vocês participam ativamente de algum projeto?
Thedy Corrêa: Participamos e apoiamos o projeto Vida Urgente e o Instituto do Câncer Infantil de Porto Alegre. O Vida Urgente trata da conscientização do jovem em relação ao trânsito. Se beber, não dirija!
Nausearréia: Geralmente, as bandas gaúchas são facilmente reconhecidas por possuir um som característico. Na música Vou deixar que você se vá, a banda incorpora o acordeom em sua sonoridade, e isso deixa o som mais gaúcho do que o comum. Como é a relação da banda com a música regional gaúcha?
Thedy Corrêa: Temos muita relação. Além do Veco e do João Vicenti que trabalharam muitos anos diretamente nesta área, temos uma influência grande de artista do gênero, como Luiz Marenco.
Nausearréia: O Nenhum de Nós é uma banda muito conhecida no mainstream. Tenho informações de que vocês se declaram independente atualmente. Como é essa transição do mainstream para o independente?
Thedy Corrêa: Para nós ocorreu naturalmente, pois começamos muito cedo a criar projetos artísticos e só DEPOIS saíamos a procura de parceiros. Independência artística sempre foi nossa principal preocupação. Quanto aos meios, estamos sempre buscando e adaptando os novos meios ao nosso trabalho. Seja na tecnologia, na internet ou em alguma estratégia de guerrilha.
Nausearréia: Quais bandas deste novo cenário do rock independente nacional tem chamado mais a atenção de vocês e qual a diferença entre começar uma banda hoje e há 20 anos?
Thedy Corrêa: Posso falar das do sul. Gosto muito da Pública e do Dinartes. Hoje está mais difícil de começar, pois a eficácia dos canais de comunicação com o público está cada vez mais nebulosa.
Nausearréia: No Tendencies Rock Festival, será a primeira vez que vocês se apresentam no Tocantins, e também a primeira vez em um dos 38 festivais filiados à ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes). Quais são as expectativas da banda e o que tem preparado de especial para este show?
Thedy Corrêa: Creio que já era hora do Nenhum entrar em um festival independente. Como eu disse, desde cedo (1994) nos comportamos e conduzimos nossa carreira como banda independente.Tem muita gente que não enxerga isso apenas pelo fato da banda ter tido um enorme sucesso no início...Faremos um show de rock, com pitadas de folk - que é uma característica do Nenhum desde o início - e com o clima de música para cantar em acampamento. Good Vibrations, como diziam os Beach Boys!
Assista ao comercial do 6° Tendencies Rock Festival que tem sido veiculado na Tv:
Por Daniel Bauducco
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Uma dose de rock nas rádios tocantinenses! Amém!
Em uma visita recente aos estúdios da 96 fm, descobri qual o “mistério” para que todas as rádios do Brasil toquem sempre as mesmas músicas, não importa o quanto você mude de estação. As rádios se orientam por um top 40 de músicas mais tocadas nas rádios brasileiras. Por isso as mesmas músicas continuam tocando por vários meses e a saturação toma conta da programação musical. A única brecha para a renovação da grade é o jabá que as grandes gravadoras oferecem para as rádios comerciais mais influentes do país.
Atualmente, muitas de nossas bandas de rock favoritas preferem manter a integridade no meio independente a serem “profundamente orientadas” em seus trabalhos produzidos pelas gravadoras multinacionais. Ou seja, mal tem grana para gravar as músicas, imagina pagar um jabá para tocar no rádio.
Em Palmas, a 96 fm é a única que ainda tem uma cota para o rock na programação. O 96 Rock, comandado de forma descontraída por Nício Miranda e Lex Luthor, existe há mais de três anos, porém assim como tudo relacionado ao rock na cidade, tem crescido muito mais de um ano pra cá. O programa é transmitido ao vivo todas as sextas-feiras, às 21hs, e com reprise às 00hs de segunda para terça-feira, horários totalmente desprivilegiados. Para driblar algumas das dificuldades impostas, o 96 Rock tem utilizado algumas artimanhas muito bem, como tocar músicas de bandas locais, além de convidar integrantes de bandas como a Boddah Diciro para conduzir blocos do programa, criando maior afinidade entre o programa, as bandas e os ouvintes.
Outra importante ferramenta para tornar o 96 Rock mais acessível foi a criação do perfil no myspace, onde a programação é hospedada e atualizada semanalmente para o ouvinte acompanhar na hora que puder e quiser.
Com toda essa evolução do programa, alguns ouvintes fiéis já começaram um movimento na comunidade do programa no Orkut para que o 96 Rock seja diário. Se vai adiantar ou não, não dá pra saber, mas faça barulho você também neste link.
Enquanto isso, Paraíso anda com o rock muito bem das pernas (ou dos ouvidos!).
É que lá, a principal rádio (Cidade 104,9), que por sinal tem caráter comunitário, possui um programa de rock DIÁRIO com 60 minutos de duração! Pois é, é de dar inveja mesmo! E não pense que o programa é nas coxas, pois ele é conduzido por quem saca de rock: Fernando Cachorrão, o guitarrista da elogiada banda Poetas do Caos, acompanhado de seu amigo Erivélton. O programa se chama Confraria do Rock, é transmitido de segunda a sexta às 20h, e toca desde Heavy Metal e Hard Rock a Punk Rock clássico e Rock anos 80. Pra quem não é de Paraíso, dá pra ouvir o programa ao vivo pelo site da rádio.
Até onde sei, são esses os únicos programas de rock nas rádios do estado do Tocantins. Quem souber de alguma outra, avise aí nos comentários por favor.
UPDATE#1:
Poucos minutos após a postagem deste texto, Walison Rodrigues, vocalista da banda miracemense Stiff, entrou em contato comigo para falar que em Miracema também tem um programa de rock na rádio local.
O programa pertence a grade da rádio Miracema FM e se chama Estúdio 104. É apresentado pelos jovens Walison Rodrigues e Rogério Alvez aos sábados e domingos das 13h às 15h. A programação varia do Folk ao Metal Extremo. Dá pra acompanhar ao vivo pelo site da emissora.
Programe-se!
96 Rock (Palmas/TO)
Ao vivo (sexta 21h) e reprise (terça 00h):
Rádio: 96,1 FM
Site: www.redesat-to.com.br/96fm
Durante a semana:
Myspace: www.myspace.com/programa96rockroll
Pedidos:
Email: programa96rock@gmail.com
Orkut: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=13286528
Confraria do Rock (Paraíso do Tocantins/TO)
Ao vivo (segunda a sexta às 20h):
Rádio: 104,9
Site: http://www.radiocidade104.com.br/
Pedidos:
Telefone: (63) 36024745
SMS: (63) 84134638
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=65001861a
Estúdio 104 (Miracema do Tocantins/TO)
Ao vivo (sábados e domingos das 13h às 15h):
Rádio: 104,9
Site: http://www.miracemafm.com/
Pedidos:
Email: tonamiracema@hotmail.com
Telefone: (63) 3366-1500
Por Daniel Bauducco